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Wall Street fecha em baixa com tecnologia e juros a enervarem investidores

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa, com os investidores a cederem ao acesso de fraqueza do setor da tecnologia e a demonstrarem nervosismo perante a subida dos juros no mercado da dívida.

O emblemático índice Dow Jones Industrial Average perdeu 0,82 por cento, para os 24.462,94 pontos, com a perda mais forte a ser apresentada pelo tecnológico Nasdaq, que recuou 1,27 por cento, para as 7.146,13 unidades.

O índice alargado S&P500, por seu lado, desvalorizou 0,85 por cento, para os 2.670,14 pontos.

Graças a duas sessões de forte alta no início da semana, o Dow Jones registou um progresso semanal de 0,42 por cento, o Nasdaq de 0,56 por cento e o S&P500 de 0,52 por cento.

Hoje, a praça nova-iorquina foi prejudicada pelo recuo do setor da tecnologia, arrastado em particular pela Apple. A ação da marca da maçã recuou 4,10 por cento, com as notas dos analistas a evidenciarem a debilidade das vendas do iPhone.

Enquanto se aguarda pela publicação dos resultados dos grandes nomes do setor, nas próximas semanas, “a época dos resultados continua a apresentar-se positiva, mas aparentemente estes bons números não são bons o suficiente para os investidores”, destacou Maris Ogg, da Tower Bridge Advisors.

A General Electric, que anunciou hoje resultados trimestrais sólidos e manteve o objetivo financeiro anual, conseguiu terminar com uma valorização de 3,93 por cento.

“Os investidores ainda estão na expectativa, a volatilidade baixou de forma acentuada, devido em parte à manutenção das interrogações sobre as intenções da Fed (Reserva Federal, o banco central dos EUA) sob a autoridade do seu novo presidente, Jerome Powell”, avançou Ogg.

O início sólido da época dos resultados e a continuação de bons indicadores sobre a economia dos EUA levam os investidores a recear um renascimento das pressões inflacionistas e subidas das taxas de juro por parte da Fed, segundo os analistas da Charles Schwab.

Em consequência, a taxa de juro da dívida púbica dos EUA a 10 anos atingiu o seu máximo desde janeiro de 2014, situando-se às 21:30 de Lisboa nos 2,958 por cento, depois dos 2,910 por cento registados na noite de quinta-feira. Da mesma forma, a taxa dos 30 anos evoluía nos 3,145 por cento, depois dos 3,098 por cento da noite passada.

“A subida dos rendimentos (destes títulos) parece suscitar inquietações quanto às condições de financiamento, potencialmente mais restritivas para as empresas”, afirmaram.

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