Economia

Wall Street encerra sem rumo mas perto do equilíbrio em dia de subida de taxas

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje perto do equilíbrio, graças a uma recuperação dos principais índices no final da sessão, no dia em que a Reserva Federal (Fed) anunciou uma descida das taxas de juro.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average valorizou 0,13 por cento, para os 27.147,08 pontos.

Já o tecnológico Nasdaq cedeu 0,11 por cento, para as 8.177,39 unidades, enquanto o alargado S&P500 progrediu 0,03 por cento, para as 3.006,73.

Como esperava a maior parte dos analistas bolsistas, os dirigentes da Fed anunciaram uma descida de 25 pontos-base (0,25 pontos percentuais) das suas taxas diretoras, no final de uma reunião sobre política monetária.

As taxas de juro, que foram reduzidas pela segunda vez em dois meses, ficaram situadas no intervalo entre 1,75 por cento e 2 por cento.

A evoluir em ligeiro recuo antes de ser conhecido o anúncio da Fed, os principais índices da praça nova-iorquina agravaram as suas perdas nos minutos posteriores à divulgação da decisão, mas recuperaram durante a conferência de imprensa do presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell.

“Os investidores estavam hesitantes, mas Powell lembrou que a Fed não tinha alterado o tom e que continuava a considerar que a economia norte-americana é relativamente sólida”, comentou Peter Cardillo, da Spartan Capital Securities.

A Fed reviu inclusive em alta a sua previsão de crescimento para este ano, de 2,1 por cento para 2,2 por cento.

Não obstante, Powell destacou “duas fontes de incerteza”, a saber, “a diminuição do crescimento (económico) no estrangeiro e a evolução da política comercial”.

Na sua apreciação, Cardillo adiantou: “Powell fez boa figura durante a sessão de perguntas e respostas. Mostrou-se muito coerente”.

Para a evolução futura das taxas de juro, a média das projeções dos membros da Fed indica que o banco central norte-americano não tem a intenção de ir mais longe nas suas descidas de taxas de juro, nem no final de 2019, nem no próximo ano.

O comité que decide a política monetária (FOMC, na sigla em inglês) pareceu dividido sobre o tema, com três membros a votar contra e sete a favor. Esta foi a oposição mais forte encontrada por Powell desde que assumiu a presidência da Fed no início de 2018.

“A outra lição desta votação é a de que já não há consensos”, realçou Gregori Volokhine, da Meeschaert Financial Services.

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