Economia

Vítor Gaspar prevê subida do desemprego e agravamento da recessão

vitor_gaspar4Vítor Gaspar, ministro das Finanças, revela que o desemprego deverá atingir os 14,5 por cento no próximo ano, segundo as previsões do Governo, “feitas num cenário de incerteza”. A recessão vai agravar-se, com estimativas de 3,3 por cento do PIB, e o défice para 2012 deve atingir os “4,5 por cento”.

Os tempos que se avizinham não trarão crescimento económico, o que significa que o desemprego não vai cair. Apesar de destacar que “Portugal está no bom caminho”, o que foi confirmado na avaliação externa da troika, o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, não espera indicadores positivos em 2012, ou mesmo em 2013. O desemprego vai aumentar, nos próximos dois anos, segundo as perspetivas do Governo.

“O indicador mais marcante para a perceção da evolução económica – o desemprego –continuará a crescer em 2012 e no princípio de 2013. Em média anual, de acordo com as previsões, o desemprego atingirá cerca de 14,5 por cento em 2012, diminuindo ligeiramente para 14 por cento em 2013”, revelou Vítor Gaspar, em conferência de imprensa.

As previsões sobre a recessão também não são animadoras: os três por cento do PIB inscritos no Orçamento de Estado não se confirmarão e Portugal deverá enfrentar um défice de 3,3 por cento do PIB – número que Olli Rehn já apresentara.

O ministro das Finanças revela ainda que o Governo irá apresentar até ao “final de março” um orçamento retificativo. “Em particular, para ter em conta as implicações do fundo de pensões, o programa da Madeira, o reforço de verbas para a saúde e a contribuição portuguesa paara o mecanismo de estabilização europeu”, explica Vítor Gaspar.

Relativamente ao défice para 2012, o govermo mantém as perspetivas de “4,5 por cento” do Produto Interno Bruto. “O aumento de verbas em certas rubricas será compensado noutras”, sustenta Vítor Gaspar.

As previsões do Governo “são feitas num cenário de incerteza”, segundo realça o titular da pasta das finanças, que lembra que “o ajustamento não tem precedente em Portugal e a garantia de sucesso depende da determinação coletiva” dos portugueses.

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