A Organização Mundial de Saúde reconhece que a epidemia de Ébola já terá provocado mais mortes do que as 2400 registadas a nível oficial. Em três dos países afetados, “o número de casos aumenta mais que a capacidade para geri-los”, alertou Margaret Chan.

A velocidade com que o vírus do Ébola está a matar, em especial na Guiné-Conacri, na Libéria e na Serra Leoa, é superior à velocidade com que a comunidade internacional está a responder à epidemia.

O alerta partiu da diretora geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, no dia em que a atualização dos dados ter demonstrado que o número de mortos provocado pelo Ébola já ultrapassou os 2400.

“Em 12 de setembro, foram registrados 4784 casos e mais de 2,4 mil mortos”, afirmou Margaret Chan, numa conferência de imprensa realizada na sede do organismo, na Suíça.

Os números foram atualizados três dias depois da OMS ter alertado para a existência de mais de 2300 vítimas mortais.

“Nos três países, o número de casos aumenta mais que a capacidade para geri-los”, admitiu a diretora geral, referindo-se à situação na Guiné-Conacri, na Libéria e na Serra Leoa.

A OMS insistiu no apelo para “uma maior e mais significativa mobilização da comunidade internacional” face ao avançar da epidemia de Ébola, cuja velocidade de propagação é superior à capacidade de resposta dos centros médicos.

Também hoje, Cuba anunciou que vai enviar 165 médicos e enfermeiros para a Serra Leoa, onde vão trabalhar por um período de seis meses, a começar já em outubro.

Não obstante, Margaret Chan quer mais 500 a 600 profissionais de saúde, em especial nos três países mais afetados pelo vírus.