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Vídeo: “Não acreditem só no Facebook para ler notícias”, avisa Edward Snowden

Edward Snowden, um dos homens mais procurados pelos EUA, usou o Facebook para deixar um aviso: “Não acreditem só no Facebook para ler notícias”.

A mensagem do antigo consultador da NSA (e o grande responsável pela divulgação do esquema de espionagem da agência) foi destinada aos internautas que lêem algo no Facebook e reagem antes de validarem se tal informação é verdadeira.

E o melhor exemplo até é recente, uma vez que a polémica do momento é a possibilidade das notícias falsas que circulam no Facebook terem contribuído para a vitória de Donald Trump nas presidenciais.

“Há uma grande controvérsia, neste momento, que incide sobre as eleições e que envolve o Facebook. Existe uma reivindicação, que ainda não foi provada mas que está a tornar-se muito popular, de que o Facebook adulterou o resultado das eleições ao exibir notícias falsas”, contextualizou Edward Snowden, ao discursar (por Facebook Live) numa conferência de tecnologia em Oakland, na Califórnia (EUA).

“Se isto for verdade”, continuou, “se o Facebook exibe notícias falsas e se nós nos deixamos persuadir por elas, penso que é um sintoma muito triste para a nossa democracia de que os nossos eleitores podem ser facilmente enganados”.

Para o herói da luta contra a espionagem (como os fãs o vêem), o problema não é tanto a existência de notícias falsas, mas o facto dos internautas dependerem cada vez mais das redes sociais para formarem uma opinião em detrimento dos media mais tradicionais.

“Se assim é, a falta de alternativas é um desafio muito maior”, insistiu Snowden, deixando o recado: “Não acreditem só no Facebook para ler notícias”.

“Parece não haver alternativa a estes maiores serviços. O efeito de rede dá-lhes a vantagem de serem os primeiros. Quando se entra no Google, no Facebook ou no Twitter parece que nunca mais nos deixam sozinhos”, frisou.

“Em Silicon Valley há este desejo de serviços que envolvam o mundo inteiro, a uma escala que não se reduz a um país. Querem que aceitemos um ‘status’ em que temos de abdicar de alternativas em favor da escala. Temos de estar atentos e ser muito cautelosos. Basta um fornecedor destes serviços fazer uma má escolha e todos nós sofreremos as consequências”, alertou Snowden.

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