Várias localidades dos EUA celebram o ano novo com uma ‘tradição’ bizarra: a queda do opossum. Um marsupial é preso numa gaiola de vidro que vai baixando nos últimos segundos do ano. A PETA considera que o evento “pode arruinar a saúde de um opossum”.
Quando os norte-americanos entrarem em 2014 (durante a noite em Portugal), vários opossuns irão viver momentos de terror. São várias as localidades que entram em cada ano com o “Possum drop” (‘a queda do opossum’, em português), em que este animal serve de relógio para assinalar a contagem decrescente.
Nestes festivais, um opossum – um marsupial noturno de dimensão semelhante a um gato e cujas crias nascem no inverno – é colocado dentro de uma gaiola de vidro, içada no palco da festa. No caso da localidade de Brasstown (Carolina do Norte), cujo evento será o mais mediático, a festa ocorre dentro de uma grande superfície. Com os últimos segundos do ano, a gaiola vai sendo descida, assinalando a contagem decrescente.
Como os animais estão confinados a um espaço pequeno e obrigados a suportar barulho e luzes (ainda por cima tendo hábitos noturnos), os ativistas têm tentado terminar com esta ´tradição’. Um juiz da Carolina do Norte aceitou uma queixa interposta pela associação PETA, validando o argumento de que o dono da grande superfície (e promotor do evento), Clay Logan, não tinha “uma permissão adequada para exibir o animal”.
Em fase de recurso, o tribunal definiu a anulação da sentença da primeira instância, permitindo o “Possum drop”. Os juízes entenderam que a PETA não tinha razão em alegar que “as luzes, o barulho e a multidão podem arruinar os nervos e saúde de um opossum”, uma vez que o animal não é ‘atirado’ mas apenas abaixado, lentamente, dentro de um recipiente que não lhe provoca ferimentos.
No próximo ano, enquanto milhares de turistas celebram a chegada de 2014 em localidades como Brasstown e Tallapoosa (no estado da Georgia), dezenas de opossuns vão viver momentos de terror ao estarem presos diante de uma multidão e com barulho (incluindo tiros de mosquetes) e luzes excessivos.
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