Gabi Mann, uma menina de 8 anos que mora em Seattle, não tem cães nem gatos, mas tem pássaros. Desde 2011, quando tinha apenas 4 anos, que esta menina alimenta diariamente um bando de corvos. Os pássaros agradecem trazendo presentes inesperados.
Quando uma criança diz que quer um pássaro, a primeira reação dos pais é pensar num canário ou num periquito. Alguns talvez equacionem araras ou papagaios. Poucos seriam capazes de sugerir um corvo…
Gabi Mann, uma menina de Seattle, nos EUA, não tem apenas um corvo: tem um bando deles. Desde os 4 anos que, diariamente, alimenta os seus pássaros de estimação.
Tudo começou com um mal-entendido. Gabi Mann era ‘desajeitada’ e muito propensa a deixar cair comida, o que chamou a atenção de um corvo. Não tardou que, à hora das refeições, um bando inteiro pousasse nos cabos de telefone, à espera da papinha.
A menina foi ganhando consciência e desenvolveu o hábito de alimentar os corvos. Em troca, os pássaros, que passaram a ‘escoltar’ a menina das deslocações diárias entre a casa e a paragem do autocarro escolar, vão deixando presentes que encontram pela vizinhança: um brinco, uma dobradiça, uma peça de Lego, um parafuso, até uma pequena bola feita em prata.
Aos 8 anos, Gabi Mann é agora uma mulherzinha responsável. Todos os dias muda a água do bebedouro, enche alguns depósitos com amendoins e deixa comida de cão em determinados pontos do relvado.
“Para formar um laço com um corvo é preciso dar-lhe uma retribuição constante”, explicou John Marzluff, professor de ciências naturais na Universidade de Washington: “É uma via de dois sentidos. Os corvos entendem vários sinais e ‘comunicam’ pela forma como voam, como se aproximam e nos locais que escolhem para pousar. Apreendem a postura e o comportamentos dos humanos, acabando por surgir uma confiança mútua”.
