Fórmula 1

Vettel garante terceiro título mundial e Button ganha no Brasil

vettel brasilSebastian Vettel garantiu o seu terceiro título Mundial de Fórmula 1 ao terminar na sexta posição o Grande Prémio do Brasil, ganho por Jenson Button, numa corrida bem atribulada e marcada pela chuva, que, como se previa, afetou esta última corrida do ano.

Fernando Alonso era o grande rival de Vettel na luta pelo campeonato, e o espanhol da Ferrari tudo fez para chegar ao título. Contudo, a segunda posição alcançada em Interlagos era insuficiente se o alemão da Red Bull não terminasse em oitavo ou pior a prova sul-americana.

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Deste modo, apenas três pontos separaram no final Alonso do novo tricampeão do Mundo, que teve tudo menos uma prova descansada. A começar pelo facto de não arrancar da primeira fila da grelha, passando pela colisão entre Sergio Perez e Bruno Senna, com o Sauber do mexicano a causar o pião de Vettel.

Felizmente para o alemão os danos no seu Red Bull não foram tão grandes como no dos outros dois pilotos, forçados a desistir no momento, e assim pôde iniciar uma primeira recuperação que o levou até ao quinto lugar.

Mas com as condições da pista a mudarem constantemente, Sebastian Vettel viu-se forçado a visitar as boxes por três vezes e adotar os pneus intermédios da Pirelli. O que lhe permitiria recuperar algumas posições e terminar num sexto posto que o deixava a coberto de uma subida ao pódio de Alonso, desde que o espanhol não ganhasse.

Mas Fernando Alonso nunca esteve em posição de vencer a corrida, rodando bastante tempo no quarto posto, incapaz de acompanhar os pilotos da McLaren e o Force India de um surpreendente Nico Hulkenberg.

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O jovem alemão chegou mesmo a passar pelo comando da prova, mas um pião da primeira curva do circuito fê-lo colidir com Lewis Hamilton e causar o abandono do inglês. Um incidente que o arredou da discussão pela vitória ou sequer pelo pódio, que assim passou a estar ao alcance de Jenson Button e dos pilotos da Ferrari.

Numa jogada de equipa Felipe Massa cedeu a segunda posição a Fernando Alonso, mas a incapacidade de ir à procura de Button e o facto de Vettel estar nessa altura entre os sete primeiros retirava-lhe qualquer veleidade de ainda chegar ao título.

Para a Ferrari sobrou apenas o ‘magro’ consolo de reter o vice-campeonato de construtores face à McLaren, assegurado pela subida ao pódio de Alonso e Massa, cujo terceiro lugar serviu de pretexto para o público brasileiro celebrar em casa.

Mas a verdadeira festa foi feita mesmo nas boxes da Red Bull, onde Sebastian Vettel e a equipa celebraram um suado mas merecido terceiro título mundial, pouco expressado na última volta, por avaria do rádio no carro do tricampeão, mas desabafado assim que saiu do monolugar.

“Foi uma corrida incrível. Os adversários tentaram de tudo para torná-lo difícil para nós. Dentro do carro, quando nos vemos em pião na curva 4 por nenhuma razão, não é a sensação mais confortável. Mas tive bastante sorte de nessa altura ninguém me ter batido”, começou por dizer Sebastian Vettel.

Para o alemão o segredo deste terceiro cetro esteve nele e na Red Bull: “Acho que foi a corrida mais difícil para nós, mas acreditamos sempre e mantivemo-nos sempre iguais a nós próprios. Muitos pilotos tentaram usar truques sujos, que do nosso ponto de vista foram além do limita, mas nunca nos irritamos ou distraímos com isso. E isso foi importante para este êxito”.

De facto a Red Bull nem precisou de pedir a Mark Webber que abdicasse da quarta posição, nem que Vettel ultrapassasse um frustrado Hulkenberg, a quem o quinto posto soube a pouco depois da prova realizada pelo germânico da Force India.

A sétima posição de Michael Schumacher foi uma boa forma do sete vezes campeão do Mundo se despedir da Fórmula 1 e da Ferrari, numa prova onde muitas vezes a sua paciência em piso molhado foi posta à prova, nomeadamente quando disputava um lugar com Kimi Raikkonen.

Só que desta vez o finlandês da Lotus deixou-se surpreender pelas condições difíceis da pista e acabou por marcar apenas um ponto nesta última corrida do ano, terminando logo atrás de um consistente Jean-Eric Vergne e de um Kamui Kobayashi que pode muito bem ter feito a sua últimas corrida pela Sauber e na F1.

Classificação final

1.º Jenson Button (McLaren-Mercedes) 1h45m22,656s
2.º Fernando Alonso (Ferrari) + 2,754s
3.º Felipe Massa (Ferrari) + 3,615s
4.º Mark Webber (Red Bull-Renault) + 4,936s
5.º Nico Hulkenberg (Force India-Mercedes) + 5,708s
6.º Sebastian Vettel (Red Bull-Renault) + 9,453s
7.º Michael Schumacher (Mercedes) + 11,900s
8.º Jean-Eric Vergne (Toro Rosso-Ferrari) + 28,600s
9.º Kamui Kobayashi (Sauber-Ferrari) + 31,200s
10.º Kimi Raikkonen (Lotus-Renault) + 1 volta
11.º Vitaly Petrov (Caterham-Renault) + 1 volta
12.º Charles Pic (Marussia-Cosworth) + 1 volta
13.º Daniel Ricciardo (Toro Rosso-Ferrari) + 1 volta
14.º Heikki Kovalainen (Caterham-Renault) + 1 volta
15.º Nico Rosberg (Mercedes) + 1 volta
16.º Timo Glock (Marussia-Cosworth) + 2 voltas
17.º Pedro De la Rosa (HRT-Cosworth) + 2 voltas
18.º Narain Karthikeyan (HRT-Cosworth) + 2 voltas
19.º Paul Di Resta (Force India-Mercedes) + 3 voltas

Campeonato do Mundo

Condutores

1.º Vettel 281 pontos
2.º Alonso 278
3.º Raikkonen 207
4.º Hamilton 190
5.º Button 188
6.º Webber 179
7.º Massa 122
8.º Grosjean 96
9.º Rosberg 93
10.º Perez 66

Construtores

1.º Red Bull 460 pontos
2.º Ferrari 400
3.º McLaren 378
4.º Lotus 303
5.º Mercedes 142

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