Quem acha que a Porsche vai apostar nos carros autónomos engana-se. A marca alemã justifica-se: “Quem tem um Porsche vai querer conduzi-lo”, salienta Oliver Blume, CEO da marca de desportivos.
Quem tem um Porsche não vai querer ser conduzido. E seguindo este princípio, a marca de desportivos alemã coloca de parte qualquer projeto que inclua a construção de um automóvel autónomo.
A condução é, aos olhos da marca de desportivos, aciam de tudo prazer. Logo, entrar num Porsche para ficar sentado e ser conduzido é um cenário, apenas, para os passageiros que o condutor transportar.
Numa entrevista ao jornal Westfalen-Blatt, o CEO da Porsche produziu uma frase esclarecedora. Quem tem um Porsche vai querer conduzi-lo”, disse Oliver Blume.
Diversas marcas, entre as quais a BMW e a Mercedes, vão apostar neste tipo de tecnologia, que tornam o condutor dispensável. Mas a Porsche coloca o condutor no centro da sua estratégia e vai colocar de parte qualquer tipo de tecnologia.
A JaguarLand Rover revelou na passada segunda-feira que irá começar a testar, no Reino Unido, modelos que circulam sem condutor.
Oliver Blume teceu também considerações curiosas sobre a ligação tecnológica dos smartphones à indústria automóvel. Para aquele responsável, “um iPhone serve para colocar no bolso e não para usar na estrada”.
O CEO da Porsche revelou também que um híbrido plug-in do modelo 911 chegará ao mercado até 2018.
De acordo com a agência Reuters, o Boston Consulting Group estima que o mercado de automóveis autónomos (ou com autonomia parcial, como o estacionamento automático) deverá crescer até aos 13 por cento, até 2025, atingindo uma quota de mercado de cerca de 39 mil milhões de euros.