A entrevista de Luís Borges para o programa ‘Alta Definição’ foi marcada por um momento dramático. Embora agora se sinta “um homem feliz”, o manequim admitiu que nunca se sentirá completo até apurar de quem é filho. “A minha progenitora”, adiantou, “respondeu que não sabia”.
A confissão sobre o pai incógnito marcou a entrevista de Luís Borges para o programa ‘Alta Definição’.
“A minha progenitora (não lhe chamo mãe porque não é mãe) deixou-me num quarto de uma pensão. Pediu à senhora da pensão para cuidar de mim e não voltou. Foi presa pela polícia e deportada para Cabo Verde”, revelou o manequim.
Na altura, a mulher “teve a opção de me levar a mim e ao meu irmão com ela, mas disse que não queria”, acrescentou Luís Borges, que tinha então 2 meses de idade: “E eu fui parar à Santa Casa porque ela não me quis levar para Cabo Verde”.
Só passados 20 anos é que o reencontro aconteceu. “Teve um cancro e teve de voltar a Portugal”, salientou.
Foi nesse reencontro que ocorreu o momento mais dramático da vida de Luís Borges: “Abri-lhe a porta da minha casa, fui com ela a consultas, comprei-lhe roupa e quando disse que queria saber quem era o meu pai (porque sou filho de pai incógnito) ela respondeu que não sabia quem era, se era francês ou sueco”.
Nessa mesma conversa, a mãe biológica do manequim disse-lhe que tinha “muita sorte de não ter sido posto num caixote do lixo”
“São frases de uma pessoa sem sentimentos”, condenou Luís Borges.
Já depois da emissão da entrevista, o manequim publicou um texto, no blogue, a agradecer as mensagens de apoio e a garantir que se sente “um homem feliz”, mesmo faltando saber quem é o pai.
“Os meus olhos dizem que sou um homem feliz, amado e realizado. Considero-me uma pessoa de sorte! Hoje, tenho a família que sempre sonhei: três filhos, com diferentes personalidades e cada um com a sua própria história, e um marido que me ama, que me apoia e que me chateia bastante (faz parte). Acima de tudo tenho ao meu lado uma pessoa que me conhece melhor do que ninguém, que sabe descodificar as minhas emoções e que compreende as minhas atitudes”, escreveu Luís Borges.