Um em cada dez portugueses admite deixar a casa onde vive antes do final do ano. A concretizarem-se estes dados, revelados pelo Eurobarómetro de dezembro, será o dobro do registado em 2011. Quatro em cada cinco confessam ainda estar apreensivos quanto à reforma.
A crise está a bater à porta dos portugueses e, cada vez mais, arrisca-se a não ter quem lhe responda: é que 10 por cento dos portugueses admite deixar a casa antes do final do ano. Estes são os números avançados pelo Eurobarómetro de dezembro, apontando para o dobro do registado em 2011.
Se cerca de um milhão de portugueses estão na iminência de ter de procurar um novo lar, são muitos mais os que antecipam o agravamento da situação ao longo de 2012: 66 por cento acredita que o ano em curso será pior do que 2011. Mais concludentes são os dados que indicam que 80 por cento dos inquiridos – quatro em cada cinco – estão preocupados com a reforma.
No último ano, houve pelo menos dois milhões de portugueses que, pelo menos uma vez, não conseguiram pagar uma prestação habitual, como a renda da casa, despesas de alimentação ou com outros bens essenciais. Cinco por cento, também segundo o Eurobarómetro, admitiram ter regularmente contas em atraso, enquanto metade dos inquiridos se declarou incapaz de, em caso de necessidade, suportar uma despesa inesperada no valor de mil euros.
