Um monge esteve escondido, durante um milénio, no interior de uma estátua de Buda Só agora, com o recurso a uma tomografia computorizada, realizada num museu da Holanda, se ficou a saber mais sobre o esqueleto humano no interior da estátua.

“O Buda ensina-nos a ver acima do nascimento, para além da morte”, segundo uma oração do Sangha da Floresta: mas, para um monge, foi numa estátua de Buda que ficou a ver o futuro.

Ao longo de um milénio, os restos mumificados de um monge, em posição de meditação, estiveram escondidos no interior de uma estátua de Buda, cuja data não é precisa: terá sido feita ou no século XI, ou no XII.

Só agora, com o recurso a uma tomografia computorizada (realizada no Centro Médico Meander do Museu Drents, na Holanda), é que os cientistas conseguiram ‘olhar’ para o interior da estátua, confirmando uma suspeita de anos recentes.

Erik Bruijn, um investigador do budismo consultado pelos peritos que realizaram a análise da estátua, revelou que o corpo mumificado deverá ser o de Liuquan, um mestre que terá vivido por volta do ano 1110.

Os testes de ADN, que serão realizados com amostras de material genético do corpo, irão esclarecer esta dúvida. Ficou, contudo, a saber-se que alguns órgãos foram retirados antes da mumificação.

Junto ao corpo estavam tiras de papel com inscrições em mandarim.

Após os exames na Holanda, a múmia foi enviada para Budapeste, na Hungria. Ficará em exposição no Museu de História Natural até maio.

Por estar em posição de meditação, o corpo agora descoberto fez reabrir o debate sobre um outro achado recente: o monge com 200 anos que não morreu, pois, dizem alguns praticantes, está em meditação.

https://www.youtube.com/watch?v=hi8V0KSkHHw