Miguel Albuquerque, líder da Câmara do Funchal, revela que o incêndio que devastou a freguesia de São Gonçalo terá mão criminosa. “Tudo indica que incêndio resulta de fogo posto”, realça o presidente do município.

As investigações prosseguem e estão longe do fim, mas há suspeitas de que o incêndio que ocorreu ontem e durante a madrugada de hoje na freguesia de São Gonçalo, no Funchal, resulta de fogo posto.

Segundo declarações do presidente da Câmara Municipal do Funchal, “tudo indica que há mão criminosa” por detrás do incêndio, que foi dominado durante a madrugado, sendo que os bombeiros procederam às operações de rescaldo na manhã desta quinta-feira.

Miguel Albuquerque baseia-se no relato de “algumas testemunhas que verificaram no local que houve mão criminosa, na origem deste incêndio”. Outro dado que suporta esta teoria é a hora a que o incêndio começou: precisamente no momento em que se dá a rendição do pessoal da Proteção Civil, que tem por missão proceder a patrulhas, de modo a detetar fogos ou outros incidentes, para que estes possam ser combatidos logo na origem.

As chamas, recorde-se, começaram ontem e consumiram floresta, bem como algumas casas da freguesia de São Gonçalo, que pertence ao Funchal. Centenas de residentes tiveram de ser deslocados, porque perderam as residências, ou por razões de segurança.

Apesar do empenho dos bombeiros, que o autarca do Funchal realça, estendendo esse elogio a outras entidades que prestaram apoio, não foi possível evitar a dimensão desta tragédia.

O facto de não se terem registado vítimas mortais é, por si só, motivo de realce, sendo que se assinala uma área florestal consumida de 28,7 hectares. Há apenas um ferido neste incêndio: um bombeiro que combatia as tremendas chamas de São Gonçalo e partiu dois dedos.