Nas Notícias

Aterra no Funchal um C-130 para prestar apoio a bombeiros e população

c-130Oitenta e três elementos da Proteção Civil aterraram no Funchal, às 12h10 desta quinta-feira, para apoiar bombeiros, militares e população, numa altura em que o grande incêndio da freguesia de São Gonçalo estava já em fase de rescaldo. As chamas estão apagadas, mas os bombeiros e militares têm pela frente uma missão imensa: ajudar uma população desesperada.

Apesar da importância da missão no Funchal, com este reforço de meios, até para permitir o repouso dos bombeiros que durante a madrugada combateram as chamas, fica evidente a ausência de um plano que permita uma intervenção mais rápida, numa região onde, por motivos geográficos, o combate às chamas fica extremamente limitado.

Mas este C-130 da Força Aérea que aterrou hoje no Funchal trouxe um afago no desespero da população, da que perdeu tudo e da que viveu momentos de terror. E essa missão dos bombeiros voluntários que viajaram do continente para a Madeira nunca é tardia.

“Compreendemos os colegas que precisam de descanso e a aflição das pessoas que precisam de auxílio. Viemos apoiar colegas e ajudar portugueses aflitos”, realçou à agência Lusa Ricardo Silva, um dos 83 elementos que integravam a missão no Funchal, da Autoridade Portuguesa da Protecção Civil.

Acresce que outros incêndios deflagram na Região Autónoma da Madeira, pelos que todos os homens são poucos para evitar tragédias semelhantes e para levar a cabo missões de vigilância.

Seguem-se as operações de vigilância e rescaldo, sendo que militares e bombeiros têm pela frente a população desesperada. “Vamos não só para apagar chamas, mas para ajudar pessoas a recomporem-se de um estado emocional complicado. Encontraremos muita gente em desespero”, afirma João Andrade, militar da Figueira da Foz, em declarações à Lusa.

O fogo de São Gonçalo poderá ter funcionado como um alerta para a necessidade de uma intervenção mais rápida, que permita desbloquear estes meios, no momento em que os bombeiros e as populações da Madeira mais necessitam.

Este incêndio, que está em fase de rescaldo, terá origem em mão criminosa, de acordo com o presidente da Câmara Municipal do Funchal, que se baseia no relato de testemunhas oculares. Leia mais.

Em destaque

Subir