Uma missão da troika regressa nesta terça-feira a Portugal. Técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI), Comissão Europeia e Banco Central Europeu (BCE) analisam as mais recentes medidas propostas pelo primeiro-ministro Passos Coelho, que incidem sobre os rendimentos dos pensionistas e nas despesas do Estado. É o terceiro regresso da troika, no âmbito da sétima avaliação do programa de resgate.
A troika volta hoje a solo português, para uma avaliação das medidas do primeiro-ministro, apresentadas na sexta-feira passada. Os técnicos vão analisar as metas e os riscos da economia portuguesa, perante a austeridade adicional prevista pelo executivo Pedro Passos Coelho.
A troika vai tomar conhecimento em detalhe essas propostas, que ainda não são conhecidas na sua plenitude. O Governo pretende reduzir a despesa do Estado, com um programa de rescisões de funcionários públicos, mexendo também nos rendimentos dos pensionistas, durante, pelo menos, o período de resgate financeiro.
O regresso da troika a Portugal foi tornado público ontem, numa nota emitida pelo Ministério das Finanças. Segundo esse comunicado, “os técnicos das três instituições [FMI, BCE e Comissão Europeia] irão analisar com o Governo as medidas apresentadas pelo primeiro-ministro”.
Trata-se do terceiro regresso da troika, no âmbito da sétima avaliação do programa de resgate (a mais longa e complexa de todas), que irá desbloquear mais uma tranche do empréstimo contraído por Portugal, ao abrigo do programa de resgate financeiro.
Estima-se que a sétima avaliação da troika termine em maio, altura em que se iniciará uma nova avaliação à aplicação do programa. Esta sétima avaliação da troika fica marcada pelo chumbo do Tribunal Constitucional e pela incapacidade do Governo em cumprir as metas de défice.