Economia

Troika corta equivalente a um salário mínimo a cada português até 2014

eurosPrograma de ajustamento prevê corte dos salários médios anuais dos trabalhadores portugueses, imposto pela troika, até 2014, equivalente a cerca de um salário mínimo: entre 452 e 491 euros. A redução dos rendimentos do trabalho por conta de outrem é vista pela Comissão Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional como essencial.

No âmbito do programa de ajustamento financeiro, acordado com a troika, os salários médios anuais dos trabalhadores portugueses vão sofrer uma quebra. Os valores pagos a trabalhadores por conta de outrem podem cair até 491 euros por ano, em 2014, numa comparação com os salários auferidos em 2011, de acordo com o Diário de Notícias.

Trata-se de uma redução salarial estratégica, que a Comissão Europeia (CE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) defendem para Portugal, a aplicar até ao final do programa de ajustamento que está em curso. As remunerações devem sofrer cortes, num mínimo de 452 euros, em média.

Os números que o DN avança para 2014 dão conta de uma descida dos ganhos médios anuais para 19 809 euros, proposta pela CE. Já o FMI quer que essa redução se fique por uma remuneração média anual de 19 848 euros. Feitas as contas, os portugueses perdem cerca de um salário mínimo, em qualquer uma das propostas salariais, até 2014, ano em que termina a aplicação do programa de ajustamento financeiro.

Nesta quarta avaliação feita pela CE e pelo FMI, as duas entidades insistiram na necessidade de se impor uma redução progressiva de salários, bem como na criação de instrumentos, para que o Governo possa levar a cabo essa política – que, de resto, vai de encontro às palavras recentes do primeiro-ministro, quando Passos Coelho afirmou que Portugal “tem de empobrecer”.

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