Economia

Trabalhadores da CGD de França vão recorrer da decisão do tribunal

Os trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em França vão recorrer da decisão do tribunal que lhes indeferiu o pedido para acederem ao Plano industrial de 2013 e ao Plano de Reestruturação de 2016, foi hoje anunciado pelos seus representantes.

O Tribunal da Relação de Paris rejeitou, na terça-feira, o pedido dos trabalhadores da sucursal francesa da Caixa Geral de Depósitos para terem acesso ao plano de reestruturação do banco acordado entre o Governo português e Bruxelas, cerca de dois meses e meio após o início da greve contra o encerramento dos balcões da CGD em França.

“As instâncias representativas do pessoal da CGD (Comissão de trabalhadores) anunciam a sua intenção de recorrer desta decisão”, diz um comunicado emitido pela intersindical FO-CFTC, que integra os sindicatos relacionados com a greve na CGD França, e a Comissão de negociação eleita pelos trabalhadores em luta.

O tribunal justificou a rejeição dos pedidos de acesso aos documentos, com a “confidencialidade decidida e imposta pelo Estado português aos pedidos de divulgação de certas informações, a coberto do segredo profissional”.

O mesmo Tribunal da Relação de Paris ordenou que a CGD dê acesso à Comissão de Trabalhadores “a um certo número de documentos que até agora o banco público tinha recusado disponibilizar”, nomeadamente, as atas dos Conselhos de Administração da CGD desde janeiro de 2013.

A sucursal em França da CGD tem 48 agências e mais de 500 trabalhadores.

A redução da operação da CGD fora de Portugal (nomeadamente Espanha, França, África do Sul e Brasil) foi acordada em 2017 com a Comissão Europeia como contrapartida da recapitalização do banco público.

Em maio, o presidente da CGD, Paulo Macedo, afirmou querer manter a operação da CGD em França e adiantou que está a negociar isso com as autoridades europeias.

A redução da operação da CGD acordada com a Comissão Europeia passa também pelo fecho de 180 balcões em Portugal até 2020, 70 dos quais encerram ainda este ano.

Em 2017, fecharam 67 balcões, pelo que, com o encerramento destas 70 agências, a CGD terá ainda de fechar mais 43 balcões nos próximos dois anos.

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