Cerca de 250 touros bravios de Idanha-a-Nova serão abatidos, na única solução encontrada pela Direção-Geral de Veterinária (DGV). Os animais já provocaram um morto, destroem propriedades, já deram origem a processos judiciais e a intervenções da Guarda Nacional Republicana… Segundo o jornal i, o Ministério Público (MP) está a analisar o caso.

O caso dos touros bravios que deambulam em Idanha-a-Nova poderá chegar ao fim com o abate dos animais, depois de diversas tentativas de resolver uma verdadeira dor de cabeça para alguns cidadãos daquele concelho.

De acordo com dados da DGV, serão cerca de 250 touros, que as autoridades tentam travar desde o ano 2000, mas sem sucesso, em virtude de diversos impedimentos. As tropas especiais da GNR tentaram apanhar os touros, por diversas vezes, mas a operação não obteve sucesso.

A Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e a Direção-Geral de Veterinária levaram a cabo diversas diligências, com o objetivo de pôr termo ao problema, capturando os animais, mas sem conseguirem capturar os touros.

Perante a incapacidade destas autoridades recolherem os animais e devolverem a paz a alguns proprietários, a DGV entende que a única solução será o abate dos cerca de 250 touros, responsáveis já por uma morte de um pastor e por milhares de euros de prejuízos, em propriedades e carros destruídos.

Segundo o jornal i, há alguns ataques que além do morto provocaram feridos, sendo que um homem perdeu a visão em virtude de um ataque de um touro. Os habitantes de Segura, aldeia do concelho de Idanha-a-Nova, reclamam por uma intervenção, fartos das invasões dos animais.

O Ministério Público está a analisar o caso. Está prevista uma ação de caça aos touros, com a finalidade de abater os animais indomáveis e pôr termos a um problema com mais de 10 anos.

Em 2000, um veterinário terá comprado propriedades, o que não agradou aos habitantes locais. Estes ripostaram e destruíram as vedações da quinta, segundo relata o i. Todos os animais foram libertados…

O proprietário ripostou e comprou touros para as suas terras, gerando-se um conflito que levou o presidente da Junta de Freguesia local a defender, numa entrevista a um órgão regional, que o veterinário fosse morto.

Os animais acabaram por ser libertados, porque o proprietário não tinha condições para o manter na quinta. E acabaram por espalhar medo pela aldeia do concelho… O abate dos 250 touros deverá ser o final desta história.