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Tourada na Queima das Fitas põe Coimbra no centro da polémica

A polémica por causa da realização da tourada na semana da Queima das Fitas prossegue, em Coimbra. Depois dos estudantes em referendo terem pedido o fim da ‘tradição’, o Conselho de Veteranos decidiu ir contra a votação e manter a iniciativa. Agora, a Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra emitiu um comunicado a exigir respeito democrático e a avisar que a única tradição “inabalável” é a “democracia”.

“A Associação Académica de Coimbra não admite, em circunstância alguma, qualquer desrespeito pela vontade democrática dos estudantes da Universidade de Coimbra”, começa por lembrar a associação de estudantes de Coimbra, lembrando a história desta associação no Portugal democrático.

“Ao longo de 130 anos de história, gerações e gerações de estudantes mudaram regimes, derrubaram governos, semearam revoluções e fizeram da Académica bandeira de liberdade e de democracia – é essa a nossa única tradição inabalável”, avisam.

A Associação Académica vê, por isso, como uma “afronta” a posição assumida “por maioria” pelo Conselho de Veteranos em manter a tourada.

“Uma afronta direta à nossa história coletiva, ao nosso símbolo e assim a cada um dos estudantes da Universidade de Coimbra.”

Além disso, a associação dos estudantes de Coimbra reafirma que “fará cumprir intransigentemente a decisão democrática dos estudantes e que a defenderá até às últimas consequências”.

No referendo, os alunos foram chamados a dizer se queriam manter a chamada garraiada de Coimbra e, de acordo com os resultados 70,7 por cento votaram não à pergunta – “Deve o evento garraiada continuar no programa oficial da Queima das Fitas?”

Já 26,7 por cento dos alunos votaram sim num universo de 5.638 votos registados.

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