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Queima das Fitas de Coimbra terá tourada contra vontade dos estudantes

A Queima das Fitas de Coimbra irá continuar a ter a tradicional tourada, em maio, mesmo contra a vontade dos próprios estudantes que se manifestaram… num referendo. Apesar da comunidade ter votado uma coisa, o movimento “Coimbra dos Estudantes” entende manter a iniciativa, ainda que esta não seja oficial.

Chamados a votar, os alunos deram uma votação clara para que a garraiada não tivesse lugar. 70,7 por cento votaram não à pergunta – “Deve o evento garraiada continuar no programa oficial da Queima das Fitas?”

26,7 por cento dos alunos votaram sim num universo de 5.638 votos registados.

Apesar deste resultado no referendo, o movimento “Coimbra dos Estudantes” avança com a tourada, que está já a ser preparada, ainda que envolta em enorme polémica e divisão de opiniões entre a comunidade académica.

Ricardo Marques, do movimento “Coimbra dos Estudantes”, explica que no referendo foi questionado se a iniciativa deveria continuar ou não no programa oficial. Daí que esta venha a realizar-se fora do âmbito oficial, pois há “total liberdade para se dar uma garraiada a todos os que se reveem na mesma”.

A iniciativa vai acontecer “durante a semana da Queima das Fitas”, garantiu Ricardo Marques.

Em declarações à agência Lusa, o estudante salienta ainda que a tourada será paga pela “boa vontade dos estudantes e antigos estudantes”.

“Não vamos ter apoio da Prótoiro [Federação Portuguesa de Tauromaquia]. É uma coisa dos estudantes e para os estudantes. A Prótoiro pode estar ao nosso lado, mas queremos que se mantenha este segmento, com estudantes e antigos estudantes a organizar.”

A Prótoiro, por via de Hélder Milheiro, também falou sobre este tema e a votação foi desvalorizada.

“Os resultados são o que são. Perante isso, se a garraiada não se realiza de uma certa forma, felizmente, o movimento local vai avançar com a garraiada noutra circunstância”, explicou Hélder Milheiro à Lusa.

Associação Académica demarca-se da iniciativa

O presidente da Associação Académica de Coimbra (AAC), Alexandre Amado, demarca-se da iniciativa e diz que o resultado do referendo é para respeitar.

“Ninguém pode impedir ninguém de promover atividades próprias e de organizar as iniciativas que pretender. Agora, a Queima das Fitas não vai ter garraiada”, adiantou.

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