Cultura

TMN ao Vivo: Sizzla com concerto anulado por incitar ao ódio contra homossexuais

sizzlaRapper jamaicano Sizzla Kalonji tinha agendado um concerto em Lisboa, no TMN ao Vivo, a 5 de abril. Mas a atuação foi cancelada, por motivos que se prendem com a mensagem homofóbica transmitida nas suas músicas. Sizzla ataca homossexuais e transsexuais, incitando à violência, o que a Constituição proíbe.

Iria atuar em Lisboa, no TMN ao Vivo, no próximo dia 5 de abril. Mas diversas organizações defensoras dos direitos humanos manifestaram repúdio pela marcação de uma atuação do cantor em Portugal.

Sizzla Kalonji é considerado homofóbico, racista, mas teria ao seu dispor um palco em solo português. O concerto está cancelado, após insistência de organizações de defesa dos direitos humanos, inconformadas, que contestam as letras homofóbicas das canções do jamaicano.

Esta atuação provocou um protesto, subscrito por diversas organizações não governamentais, que criticavam as entidades responsáveis pela vinda do rapper jamaicano a Portugal (TMN, JahLive e Armazém F).

Mais do que uma “manifestação de opinião”, as letras das músicas de Sizzla são consideradas “um claro incitamento a crimes de ódio”, suscitados por meras orientações sexuais. Entre essas mensagens, estão refrões como “dispara contra os maricas”, ou os homossexuais “devem morrer”.

De acordo com as organizações que protestaram contra o concerto de Sizzla Kalonji, estaria em causa a violação da Constituição da República Portuguesa, que impede discriminações com base na orientação sexual.

No quadro penal português, as músicas deste polémico cantor jamaicano seriam consideradas crime, sendo que as entidades organizadoras estariam a ser “cúmplices num crime de incitamento ao ódio”. Diversas associações de defesa dos direitos do Homem rubricaram o documento que provocou o cancelamento do concerto.

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