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“Temos de impor à Alemanha que mude”, avisa Freitas, que culpa Merkel pela crise

freitas amaralEm entrevista à Antena 1, Freitas do Amaral, fundador do CDS, considerou que Portugal não teria nada a ganhar com eleições antecipadas antes das eleições alemãs. “Ou a política europeia da Alemanha muda, ou teremos de ser nós europeus, os outros, a impor à Alemanha que mude”, sustenta Freitas, lembrando que um novo Governo em Portugal teria de seguir políticas de Merkel.

O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros defende, em entrevista à Antena 1, que um cenário de eleições antecipadas em Portugal neste momento não traria qualquer alteração de políticas. Nesse sentido, Freitas do Amaral não defende a queda do Governo antes das eleições na Alemanha.

“Eu esperaria pelas eleições alemãs, que definem a política europeia do novo governo alemão, que há-de sair em outubro ou novembro, das eleições de setembro. Até se definir a nova política europeia que há-de o melhor é esperar e manter este Governo”, salienta o fundador do CDS.

Segundo Freitas, “não vale a pena termos eleições cá, porque o próximo Governo poderia não ter maioria, como teria de cumprir as mesmas condições que este Governo tem de cumprir”.

“A troika seria a mesma, a senhora Merkel seria a mesma. A questão é esta: toda a Europa está em crise por culpa da Alemanha. Enquanto a Alemanha não mudar a sua política europeia, nada de essencial muda em toda a Europa”, lembra Freitas.

O antigo ministro considera ainda que “ou a política europeia da Alemanha muda, por efeito das eleições, ou teremos de ser nós europeus, os outros, a impor à Alemanha que mude”.

Freitas do Amaral cita o professor Eduardo Lourenço, para salientar que “ou nos salvamos com a Europa, ou não nos salvamos de maneira nenhuma”. O cenário é grave e a solução não depende apenas dos governos nacionais.

“Só comparo esta situação em gravidade, em perigo para existência de um País chamado Portugal, à crise de 1383/85. Felizmente, acabámos por ganhar com a batalha de Aljubarrota”, lembra, numa alusão “aos 60 anos de ocupação castelhana”.

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