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TAP é “subsidiada”, afirma Rui Moreira, com o Funchal ao lado

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A TAP é uma empresa “subsidiada”, lembrou Rui Moreira. Na resposta a Fernando Pinto, que insinuou apoios autárquicos às low-cost, o presidente da Câmara do Porto recebeu o apoio do Funchal. “Já sentimos há muito as dores que o Porto sente”, revelou o edil Paulo Cafôfo.

A TAP continua na mira do Porto e da região norte, mas agora também da Madeira. O presidente da Câmara do Funchal, Paulo Cafôfo, juntou-se a Rui Moreira nas críticas à companhia aérea.

Os dois edis juntaram-se, numa inesperada conferência de imprensa, para responder à entrevista que o CEO da TAP, Fernando Pinto, concedeu ao Jornal de Notícias, na qual insinuou que pode haver apoios públicos das autarquias às companhias aéreas low-cost.

“Há uma única companhia aérea que tenho a certeza que é subsidiada”, salientou o presidente da Câmara do Porto: “A TAP é subsidiada por todos nós. Todos somos garantes da sua dívida e essa é a maior subsidiação. Estamos a subsidiar, nomeadamente, uma atividade no Brasil que já custou aos cofres da TAP 500 milhões de euros. Que nós subsidiamos”.

A polémica da eventual subsidiação à Ryanair, a low-cost que aumentou as operações no Aeroporto Francisco Sá Carneiro ao mesmo tempo que a TAP cortava rotas internacionais, serve apenas para desviar a atenção do “estrangulamento da economia por parte da TAP”, segundo o presidente da Câmara do Funchal.

“O que se verifica hoje, tanto no Porto como na Madeira, é um estrangulamento da economia por parte da TAP. Se é pública, tem de fazer serviço público e serviço público não é Lisboa”, afirmou Paulo Cafôfo: “A Madeira e o Porto necessitam de uma transportadora que sirva os interesses nacionais”.

“Estou a falar da coesão territorial e, no caso da Madeira, da continuidade territorial. O que estamos a discutir é muito mais do que o Funchal e o Porto, estamos aqui a discutir o interesse nacional. Queremos o desenvolvimento integral do país. Coeso, não é só uma parte”, insistiu o autarca madeirense.

“Já sentimos, há muito, as dores que o Porto sente”, concluiu Paulo Cafôfo.

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