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Tancos em França: Paióis de base francesa foram assaltados em 2015

O assalto a Tancos não é inédito no plano europeu. Depois de se saber que aconteceu o mesmo em Espanha, a França recorda ter passado pelo mesmo há dois anos. A 6 de julho de 2015, roubaram cerca de 150 detonadores e cargas explosivas da base militar de Miramas.

Na base do incidente esteve o mesmo problema verificado nos paióis de Tancos: falta de segurança. Desde então, ‘choveram’ muitas “centenas de milhões de euros” para evitar nova humilhação.

“O investimento foi de várias centenas de milhões de euros num período de três anos, tendo começado em 2016. Só em 2016, o investimento foi de 60 milhões de euros”, adiantou uma fonte do Ministério das Forças Armadas de França, citada sem identificação pela Lusa.

O “plano de emergência” era composto por três prioridades, a começar pelas “medidas imediatas para reforçar a proteção física ao nível das vedações e dos paióis”. Nessa operação, que arrancou em 2016 (depois de feita a avaliação da segurança das instalações), “foram mobilizados uma centena de militares e reparados sistemas de vigilância”.

Seguiram-se as “medidas de emergência para dotar os locais mais vulneráveis com sistemas de videovigilância” e, por fim, as “medidas perenes de reconstrução de paióis”, para as quais foram atribuídos cerca de 60 milhões de euros só em 2016.

A mesma fonte do Ministério francês ‘respondeu’ ainda ao CDS, que exige a cabeça de Azeredo Lopes: “Não houve demissão de ministro, nem de chefe de Estado-Maior do Exército”.

“Apercebemo-nos que havia um problema ao nível das infraestruturas, do sistema de proteção, e foi decidido reforçá-lo”, continuou a mesma fonte, não revelando quais as consequências para os responsáveis envolvidos.

Nesse assalto à base de Miramas, foram roubados “170 detonadores, 40 granadas, cerca de 60 dispositivos de iniciação de granadas e uma dezena de cargas explosivas de 250 gramas”, de acordo com a notícia do Le Figaro: “Os ladrões não foram incomodados porque os paióis não estavam equipados com alarmes nem câmaras de vigilância”.

Ainda segundo o mesmo jornal, “mais de 160 milhões de euros vão ser consagrados à melhoria da proteção das bases militares”.

 

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