Alguns condóminos denunciam uma suspeita de fraude, que envolve uma empresa de administração de condomínio. A ‘Coimbras Condominus’, que administra dezenas de edifícios, “está desaparecida”, segundo alerta um alegado lesado à agência Lusa. Algumas contas estão a zero e haverá contas a pagar, de eletricidade, água manutenção de elevadores e outros serviços essenciais.
Uma suspeita de fraude deixou em alerta dezenas de condóminos, residentes nos 30 edifícios que a ‘Coimbras Condominus’ administra. Em declarações à Lusa, alguns condóminos colocam em cima da mesa a possibilidade de fraude, “depois de a empresa de administração de condomínios ter cessado funções nos mais de 30 prédios que administrava”, escreve a Lusa, citando um dos moradores.
Os condóminos foram surpreendidos com um cartas, afixado em todos os prédios, a informar que a gerente da empresa esta “doente” e “impossibilitada de continuar a administrar o condomínio”. Assim, “deverão os senhores condóminos proceder a eleição de nova administração”, refere a mesma nota, que é assinada pela gerente.
Contactada pelo PT Jornal, a empresa recusou-se a prestar declarações, alegando que se encontrava “muita gente” nas instalações da ‘Coimbras Condominus’ e que “não é possível” esclarecer o caso.
Suspeita-se de que “várias centenas de milhares de euros” possam ter sido retirados indevidamente das contas bancárias dos condomínios geridos por aquela empresa.
Aquela agência noticiosa falou com um dos alegados lesados, Vítor Rodrigues, que diz que a empresa “está desaparecida” e que há “contas [bancárias] de diversos condomínios a descoberto”, sendo que se suspeita ainda de que possa haver “dívidas a fornecedores, elevadores, água e luz”.
Aquele condómino refere que há dívidas por pagar a empresas que fizeram obras nos prédios. “Existem obras por pagar e as contas bancárias dos condomínios estão a zero”, verificaram alguns condóminos.
Vítor Rodrigues imputa à ‘Coimbras Condominus’ a responsabilidade no desaparecimento de “9000 euros” da conta bancária do edifício onde reside. No entanto, o problema não se circunscreve àquela empresa: “A dimensão será superior a 30 condomínios e mais de 300 lesados”.
Alguns condomínios poderão agora apresentar queixas-crime contra a empresa, uma sociedade unipessoal com sede em Coimbra. A Lusa cita outro condómino que esclarece que a empresa terá a seu cargo cerca de 80 prédios, representando cerca de mil condóminos.
Hoje, no interior da empresa, havia um caos completo, com dezenas de condóminos preocupados, a tentar obter esclarecimentos. Alguns deles ficaram surpreendidos com este caso e não tinham a menor suspeita sobre esta alegada fraude. “Há indícios de fraude e de falsificação”, realça José Dias de Aguiar, advogado de alguns condóminos, à Lusa.
Há dívidas por pagar e teme-se que os condóminos nunca consigam recuperar os valores alegadamente retirados das contas bancárias. O PT Jornal tentou obter esclarecimentos, sem sucesso.
