O campo do Gil Vicente tornou-se esta época um autêntico pesadelo para os grandes, que no conjunto dos jogos deixaram lá oito pontos. O Benfica empatou por 2-2, no começo da época, o FC Porto perdeu por 3-0, e esta noite o Sporting não fez melhor, ao sair derrotado por 2-0. O destaque vai para o Braga, o único grande que lá conseguiu ganhar (3-0).
A expectativa era grande nos adeptos leoninos. A história feita em Manchester e o empate do Marítimo no domingo, frente ao Vitória de Setúbal, colocava os leões com forte pressão de não desiludir em Barcelos. O mais importante, uma vitória dava direito a isolamento no quarto lugar.
Mas o Estádio Cidade de Barcelos parece não ter adotado um galo mas sim uma galinha, preta, pelo menos para os grandes. Dos quatro, apenas Benfica e SC Braga conseguiram conquistar pontos no campo do Gil Vicente, as águias um, e os ‘guerreiros do minho’ os três.
Mas vamos ao jogo desta segunda-feira. Em relação à partida com o City, duas mudanças. João Pereira voltou à lateral direita enquanto que Elias substituiu Daniel Carriço no meio campo. Do lado dos barcelenses, destaque para a inclusão no 11 de César Peixoto.
O Gil Vicente chegou à vantagem logo aos 14 minutos, por Rodrigo Galo. Grande golo do brasileiro, que bate Rui Patrício com um remate forte de fora da área.
Os leões viriam a equilibrar depois a partida, com um trio de boas oportunidades até ao intervalo. Contudo, fica a ideia clara que Sá Pinto perdeu o meio campo ao não incluir um trinco com essas funções específicas.
Na segunda metade vieram golos, penáltis e muita polémica, com Bruno Paixão em destaque. Tudo aconteceu ao minuto 55. Primeiro, grande penalidade polémica a favor do Gil Vicente. É certo que Schaars parece tocar a bola com a mão, mas certo é também que parece fazê-lo fora da área. Rui Patrício acaba por defender o remate de Cláudio, mas o caricato viria logo a seguir. Na mesma jogada, a bola fica para Hugo Vieira, que ao tentar driblar João Pereira vê o lateral tocar novamente a bola com o braço. Novo penálti para o Gil Vicente e Cláudio desta vez a não perdoar. A formação de Paulo Alves chegava aos 2-0, mas ainda faltava muito que jogar.
A desvantagem e a polémica do segundo golo dos barcelenses viria a enervar os jogadores leoninos, que não tiveram arte nem engenho para, pelo menos, tentar chegar à igualdade, quando tinham mais de meia hora de jogo pela frente. A melhor oportunidade surgiu até para o Gil Vicente, aos 86 minutos, quando Zé Luís atirou ao poste da baliza de Rui Patrício.
É legítimo o Sporting ter queixas da arbitragem, principalmente no penálti de Schaars, mas pedia-se mais a uma equipa cheia de moral e com uma boa oportunidade de chegar ao quarto lugar, e já são 15 os pontos de diferença para o FC Porto, primeiro classificado.
O Gil Vicente, com mérito, volta a provar que fazia falta a este campeonato. Com esta vitória, a formação de Paulo Alves segue confortável na oitava posição da tabela.
