Cultura

Quem é Sophie Taeuber-Arp, a suíça que a Google lembra hoje?

No dia do 127.º aniversário, a artista Sophie Taeuber-Arp é recordada com um google doodle, nesta terça-feira, em homenagem à obra da criadora suíça.

A Google apresenta um doodle que reflete o estilo de Sophie Taeuber-Arp, que nasceu há 127 anos.

Artista Sophie Taeuber-Arp é recordada com um google doodle, na página principal da Google, nesta terça-feira, dia 19 de janeiro, que marca o nascimento da artista suíça que não era conhecida das grandes massas, mas que granjeou reconhecimento no seio da comunidade, sobretudo na arte abstrata do século XX, onde se notabilizou.

A pintora Sophie Taeuber-Arp nasceu no a 19 de janeiro de 1889, em Davos, na Suíça. Erafilha de um farmacêutico, mas perdeu o pai logo aos 2 anos de vida.

A suíça formou-se em Artes, na Escola de Arte Aplicada de Hamburgo. Mais tarde, foi docente na Escola de Arte e Ofício de Zurique, onde exerceu durante mais de uma década.

Uma decisão tomada em 1915 marca a sua vida. Corria o ano de 1915 quando decide integrar o movimento Dada, conhecendo o artista Jean Arp, com quem viria a casar, seis anos mais tarde.

Taeuber-Arp foi construindo, ao longo dos anos, uma obra de grande valor, exibida em grandes palcos. Entre esses palcos está, por exemplo, a exposição internacional de Arte Abstrata e Tendências Construtivas, de 1928.

O primeiro grande conflito bélico chegara ao fim, mas a II Guerra Mundial viria a seguir. Nesta altura da sua vida, Sophie Taeuber-Arp procura refúgio em Grasse, no sul de França, onde se sentou perante a tela e criou grande parte do seu espólio.

Sophie dedicou-se sobretudo à pintura, mas notabilizou-se também na escultura, bem como na dança. Viria a morrer no dia 13 de janeiro de 1943, na Suíça. Hoje, assinala-se o 127.º aniversário da sua morte, lembrado pela Google com um doodle.

O trabalho de Taeuber-Arp é a procura da simplificação e da máxima liberdade. A artista suíça era uma dissidente do rigor de relações ortogonais, das linhas, da utilização de cores primárias. Os seus trabalhos são mais dinâmicos e marcados por estas características.

Sophie Taeuber-Arp tornou-se um membro do Movimento Dada, que viria a ser a origem de uma das grandes correntes da arte: o Surrealismo.

Também o Dadaísmo assenta numa lógica onde se pretende desvirtuar a organização e a racionalidade, concedendo espaço ao criador, sem fronteiras para a sua imaginação.

O dadaísmo ou Movimento Dada foi uma corrente artística da chamada vanguarda artística moderna iniciado em Zurique, em 1916, durante a I Guerra Mundial, no chamado Cabaret Voltaire. Era formado por um grupo de escritores, poetas e artistas plásticos – dois deles desertores do serviço militar alemão – liderados por Tristan Tzara, Hugo Ball e Hans Arp.

Nesta corrente  que Sophie Taeuber-Arp integrou, é tudo permitido ao criador, uma vez que a existência, o mundo, o ser humano são desprovidos de sentido. Logo, não há barreiras e a arte dos seguidores deste movimento torna-se única.

A palavra “dada”, que está na origem do seu nome, significa, em Francês, “cavalo de madeira”. Mas a sua utilização marca o ‘non-sense’ ou falta de sentido que pode ter a linguagem – como a fala de um bebé.

Uma das grandes ‘representantes’ desta corrente, Sophie Taeuber-Arp e lembrada hoje, no dia em que se assinala o 127.º aniversário do seu nascimento. Um doodle da Google faz-nos lembrar os eternos.

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