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Sinos do Palácio de Mafra podem cair com o temporal

O agravamento do tempo levou a Proteção Civil a interditar a frente do Palácio Nacional de Mafra, devido ao risco de queda dos sinos ou de outras estruturas.

Em comunicado, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) explicou que a interdição da circulação pedonal em frente às torres é uma medida cautelar.

“O condicionamento imposto nos últimos dias à circulação de pessoas na área envolvente às torres sineiras é uma medida de segurança preventiva, resultante da ativação de um plano de contingência criado pela DGPC em articulação com o município de Mafra”, explicou o organismo.

A DGPC procurou tranquilizar a população, explicando que não há um risco iminente.

“Apesar do mau tempo registado nas últimas semanas, não se deteta um agravamento do estado de conservação das torres, dos sinos e respetivas estruturas de suporte, não havendo, por isso, risco de derrocada”, frisou.

Para se atender à importância desta medida preventiva, é de lembrar que, em 2013, os sinos e carrilhões de Mafra foram considerados um dos ‘Sete sítios mais ameaçados na Europa’, numa lista elaborara pelo movimento de salvaguarda do património Europa Nostra.

Há sinos presos por andaimes desde 2004, uma situação que a DGPC diz monitorizar com periodicidade.

Alguns dos sinos – e é de salientar que os mais pesados chegam a atingir as 12 toneladas – têm sido escorados, também como medida preventiva, uma vez que as madeiras que os deviam suportar se encontram apodrecidas.

A DGPC lançou um concurso de dois milhões de euros, em setembro de 2015, para o restauro dos sinos e dos carrilhões, mas desde então que falta  o visto do Tribunal de Contas, segundo a própria DGPC.

Os sinos são descritos, na portaria do concurso, como um “conjunto histórico de valor patrimonial único no mundo”, mas que carece de “reabilitação urgente face ao avançado estado de degradação”.

Para além dos riscos de segurança para o património, a situação coloca em risco “utentes do imóvel e os transeuntes da via pública”, referia ainda a portaria.

Com dois carrilhões e um total de 119 sinos, que marcam as horas e os ritos litúrgicos, o Palácio de Mafra tem o maior conjunto sineiro do mundo.

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