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Paulo Gonçalves em liberdade mas sem poder contactar com outros arguidos

Paulo Gonçalves, assessor jurídico do Benfica, saiu em liberdade, mas ficou proibido de contactar com os outros arguidos da Operação E-Toupeira, que investiga crimes de corrupção e favorecimento pessoal.

Com esta decisão, o dirigente pode continuar a entrar no Estádio da Luz, algo que o Ministério Público tinha pedido para não ser possível, de forma a não perturbar o desenrolar das investigações.

Paulo Gonçalves está indiciado por um crime de corrupção e quatro de violação do segredo de justiça.

José Silva, o técnico informático que também foi detido neste processo, ficou em prisão preventiva.

O perito informático ao serviço do Ministério da Justiça,”está indiciado pelos crimes de violação de segredo de justiça, corrupção, crime informático de acesso ilegal e favorecimento pessoal”, como revelou o advogado.

Este arguido está indiciado por corrupção, quatro crimes de violação do segredo de justiça, um de falsidade informática e nove de acesso ilegítimo.

O processo tem mais três arguidos, dois oficiais de justiça e um agente desportivo.

A Operação E-Toupeira teve início há cerca de ano e meio, com o objetivo de averiguar “o acesso ilegítimo a informação relativa a processos que correm termos nos tribunais ou Departamentos do Ministério Público a troco de eventuais contrapartidas ilícitas a funcionários”, como a Polícia Judiciária (PJ) esclareceu em comunicado.

Há suspeitas de que Paulo Gonçalves tenha montado uma rede, junto do sistema judicial, para recolher para o Benfica informações de processos que corriam, sobretudo, no Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa.

O caso envolve um técnico de informática do Instituto de Gestão Financeira e Equipamento da Justiça, também detido pelas autoridades, que recolheria informações do Citius, para encaminhar para Paulo Gonçalves.

Os investigadores acreditam que o assessor do Benfica agiria com conhecimento do presidente da SAD benfiquista, Luís Filipe Vieira.

Foram realizadas 30 buscas nas áreas do Porto, Fafe, Guimarães, Santarém e Lisboa, tendo sido apreendidos “relevantes elementos probatórios”, ainda de acordo com o texto da PJ.

O Benfica confirmou as buscas no Estádio da Luz e avançou que vai pedir uma audiência à procuradora-geral da República.

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