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Sida: conferência anual discutirá a possibilidade de desenvolver uma vacina a breve prazo

sidaPoderá uma vacina contra a sida ser desenvolvida a breve prazo? Esta será a principal discussão da conferência anual da Sociedade Internacional da Sida, agendada para entre os dias 22 e 27 de julho, em Washington (EUA).

A vacina contra a sida é já uma realidade, depois dum ensaio, em 2009, ter demonstrado que é possível evitar a contaminação pelo vírus HIV em humanos. O objetivo dos investigadores passa por desenvolver vacinas com anticorpos mais eficazes no combate ao vírus e passíveis de serem produzidas em larga escala. O problema é que “o vírus é bem mais astuto do que pensávamos”, como reconheceu o investigador Barton Haynes, da Universidade Duke, na Carolina do Norte (EUA).

Barton Haynes será um dos investigadores em destaque na conferência anual da Sociedade Internacional da Sida, agendada para entre os 22 e 27 de julho, em Washington (EUA). Este cientista, até recentemente diretor do Centro de Imunologia para a Vacina do HIV/Sida dos EUA, vai apresentar um relato sobre os progressos na pesquisa das vacinas, o que sustentará todo um debate sobre a viabilidade da vacina contra a sida ser uma realidade a breve prazo.

Agora que “conhecemos o rosto do inimigo” será mais fácil concretizar essa vacina, reconheceu o investigador que liderou um consórcio de pesquisas, fundado em 2005 pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA, vocacionado para identificar e superar obstáculos que surgem no desenvolvimento de vacinas contra o HIV.

Uma das maiores dificuldades na investigação é a habilidade do vírus HIV em transformar-se numa multiplicidade de versões diferentes, com estirpes diferentes. Em comum está o fator mais perigoso deste vírus: o facto de atacar o sistema imunológico, debilitando as defesas com que o organismo deveria reagir à infeção.

Embora não haja a tão ansiada vacina, a sida tem sido controlada nos anos mais recentes, tendo as novas infeções caído 21 por cento desde 1997, quando a pandemia atingiu o auge. O reforços dos sistemas de prevenção (sobretudo da transmissão vertical, quando o filho ‘herda’ a doença da mãe), o sucesso dos programas voluntários de circuncisão e as evoluções no tratamento precoce contribuem para uma redução da doença a nível global.

Contudo, as estimativas apontam para a existência de 34 milhões de seropositivos a nível mundial. Só em 2010 foram registados 2,7 milhões de novos casos.

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