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Sem dúvidas sobre viabilização do OE, Marcelo desaconselha “soluções pontuais”

O Presidente da República afirmou hoje não ter dúvidas sobre a viabilização do Orçamento do Estado para 2020 e desaconselhou “soluções pontuais”, insistindo que é preferível a sua aprovação pela “maioria numérica” à esquerda.

Marcelo Rebelo de Sousa falava em resposta aos jornalistas, no final de uma visita à Casa dos Marcos, da Raríssimas – Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras, no concelho da Moita, distrito de Setúbal, que pela terceira vez visitou em véspera de Natal.

“Se porventura houver o encontrar soluções pontuais para o Orçamento e depois para lei a lei, isso traz um grau de imprevisibilidade maior ao sistema. Ora, a grande vantagem dos últimos quatro anos – e com uma opção que não correspondia à minha área ideológica – foi haver um rumo mais ou menos definido e constante para uma legislatura”, defendeu.

O chefe de Estado acrescentou que “isso é bom para a economia, é bom para as finanças, é bom para as relações e para a projeção internacional”, concluindo: “Se for possível, é o que é natural. Se não for, é evidente que há outras soluções para viabilizar o Orçamento. Isso já toda a gente percebeu que existem e que estão disponíveis”.

Uma aprovação do Orçamento do Estado pela “maioria numérica” composta pelo PS e os partidos à sua esquerda, “além de ser natural”, tem as vantagens de “impedir soluções pontuais negociadas caso a caso, que são sempre menos estáveis”, e de “permitir uma clareza dentro do sistema político português”, argumentou.

“A minha preocupação é esta: para evitarmos o que se passa noutros países, que é a fragmentação à direita e fragmentação à esquerda e, de repente, não haver alternativas, e isso não é bom, eu penso que é bom haver uma área da governação tendencialmente à esquerda e haver uma alternativa que se vá formando de centro-direita e de direita para o futuro”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

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