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Segunda tentativa de Fernando Alonso para vencer em Indianápolis será mais difícil

É a própria McLaren a admitir que a segunda tentativa de Fernando Alonso vencer as 500 Milhas de Indianápolis será muito mais complicada que a primeira.

À parte do ex-campeão do Mundo de Fórmula 1 alinhar na prova ‘rainha’ da IndyCar numa estrutura com apenas um carro – o que não sucedia há dois anos quando disputou a prova integrado na equipa Andretti – o envolvimento simultâneo da McLaren noutras frentes em simultâneo é um aspeto a ter em consideração.

Mesmo assim a McLaren procurou reunir as condições mínimas para ter sucesso em Indianápolis, pois sem a parceria com a Andretti Autosport conseguiu ter algum apoio técnico da Carlin e também Chevrolet, esta no capítulo dos motores.

Gil de Ferran, que no passado foi piloto de Fórmula Indy e disputou as Indy 500, diz que a formação que lidera não subestima o desafio que tem pela frente: “É, definitivamente, um grande passo e um esforço enorme, especialmente porque temos de corresponder na F1 e corresponder aqui, sem criar grandes problemas em ambos os programas”.

“Muito foi feito na planificação, e esperamos poder executar tudo como planeado. Há obviamente um desafio enorme. Estamos muito cientes disso. Temos algumas pessoas boas, que estão bastante dedicadas ao programa. Tipos muito talentosos e experientes, mas montar uma equipa leva tempo e nunca é fácil”, diz o brasileiro nascido em Paris.

A experiência de De Ferran como piloto na Indy com equipas como a Penske, com a qual venceu as Indy 500 em 2003, permite-lhe saber muito bem como é difícil vencer a grande corrida: “Vamos competir com algumas equipas muito boas, que trabalham juntas há mito tempo e conhecem bem o meio. Sei-o porque fiz parte de uma dessas equipas. Não subestimamos o desafio que temos pela frente. Tentamos fazer tudo bem e ver no que dá. Mas Fernando não precisa de introduções. Ele é fenomenal”.

Tal como Gil de Ferran, também o patrão da McLaren, Zak Brown, sabe que com um carro tudo se torna mais difícil em Indianápolis. “Penso que nas Indy corremos um grande risco. Penso que vamos pelo caminho mais difícil. Em 2017 estivemos em parceria com Michael Andretti, uma equipa que está nisto há muito tempo e teve grande sucesso. Agora é mais difícil começar uma equipa”, admite o norte-americano.

Brown acrescenta: “As equipas que competem em Indianápolis são tão boas. Vemos grandes equipas desde a Rahal (Letterman Lanigan) à Andretti, até à Penske nem fazerem a corrida, por isso acho que a prova é uma grande lotaria, por isso acho que nada é evidente e não vai ser certamente fácil para nós. Podemos ganhar? Podemos. Mas penso que vai ser incrivelmente difícil e para já penso apenas em passar a qualificação este fim de semana”.

Fique com este interessante vídeo sobre esta segunda participação de Fernando Alonso nas 500 Milhas de Indianápolis.

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