Ausência de chuva colocou Portugal Continental numa situação de seca extrema ou severa. O problema é apresentado no boletim quinzenal do Instituto Meteorologia, que aponta outro dado relevante: a água no solo está em valores 50 por cento inferiores ao normal para esta época do ano.

O problema da seca em Portugal agravou-se de fevereiro para março, segundo dados do Observatório de Secas do Instituto de Meteorologia (IM) apresentados ontem. Um dos indicadores que permitem avaliar a dimensão do problema é a água no solo. Nesta altura do ano, está a 50 por cento do normal e em algumas regiões do sul do País está nos 40 por cento.

No boletim quinzenal do IM verifica-se que a situação de seca extrema atinge maior percentagem do território continental, em comparação com o anterior relatório. Em fevereiro, recorde-se, 68 por cento do território estava em seca severa e 32 por cento numa situação extrema. Agora, há 53 por cento em seca extrema.

Neste quadro, Portugal prepara-se para pedir a Bruxelas apoio adicional, que será canalizado para agricultores que enfrentam verdadeiros dramas, pela ausência de chuvas. Os aguaceiros que se fizeram sentir nas últimas horas estão longe ser suficientes para superar o problema.

O cenário de seca extrema fora previsto pelo IM, que apontara essa fatalidade se não se verificasse um aumento de chuvas no mês de fevereiro, depois de um janeiro de sol. Fevereiro trouxe o mesmo quadro meteorológico que se prolongou em março.