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Schettino esqueceu-se dos óculos no dia do naufrágio do Costa Concordia

francesco_schettinoPrimeiro imediato do cruzeiro Costa Concordia revela que o comandante Francesco Schettino não usava óculos no momento em que ocorreu o embate do Costa Concordia contra uma rocha, perto da ilha de Giglio, em Itália. O acidente que provocou a morte de 25 pessoas, com sete que permanecem desaparecidas. Sessão de instrução decide se haverá lugar a julgamento.

Esta informação surgiu na primeira sessão de instrução, que vai decidir se haverá julgamento, na sequência do acidente do Costa Concordia, e quem será acusado. O Ministério Público considera que Francesco Schettino é o culpado e deve sentar-se no banco dos réus.

Nesta sessão, que ocorreu na cidade de Grosseto, em Itália, surgiu um novo dado na investigação do naufrágio de 13 de janeiro. Schettino não tinha os óculos no momento em que procedeu à manobra fatídica, que provocou o naufrágio.

“O comandante deixara os óculos na cabina, solicitando por diversas vezes ao seu imediato para verificar os dados do radar e confirmar a rota”, adianta a agência Reuteurs, que cita o testemunho do primeiro imediato, Ciro Ambrosio.

O primeiro imediato do Costa Concordia fez a revelação, acrescentando que recebeu ordens de verificar o radar. Indiferente a todos os argumentos, o Ministério Público considera que o comandante Schettino é culpado do naufrágio e da morte de pelo menos 25 pessoas.

Além do comandante, estão sob investigação sete oficiais e a própria empresa Costa Cruises, que é dona do navio. Nesta sessão, estiveram presentes cerca de 600 pessoas, entre as quais familiares das vítimas e sobreviventes do naufrágio.

A estas informações juntar-se-ão os dados das caixas negras, que durante os próximos dois meses serão avaliadas. O acidente ocorreu no dia 13 de janeiro e o Costa Concordia transportava mais de 4000 pessoas, quando embateu numa rocha, junto à ilha de Giglio, que rasgou o casco do navio.

Em barcos e a nado, quase todos os passageiros e elementos da tripulação conseguiram escapar. Um diálogo entre o comandante do navio e a capitania italiana prova que o Francesco Schettino abandonou o barco antes da retirada de todos os passageiros.

Schettino não acatou a ordem da capitania: “Comandante, é uma ordem. Volte e coordene o resgate, porque há mortos”. Ao invés, apanhou um táxi e foi para um hotel. Oiça a capitania ordenar ao comandante Schettino que regresse ao navio.

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