Uma providência cautelar e a contestação popular não foram suficientes para evitar o fecho do Centro de Saúde de Aver-o-Mar, na Póvoa de Varzim. Os 3000 utentes registados estão a ser encaminhados para a unidade na freguesia vizinha de Amorim.
O Centro de Saúde de Aver-o-Mar encerrou hoje, por deliberação da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N), apesar da contestação manifestada pela população e pela Junta de Freguesia da vila, que chegou a interpor uma providência cautelar. “Não abriu as portas às 08h00, como era habitual”, lamentou Carlos Maçães, presidente da Junta desta freguesia da Póvoa de Varzim.
Prometendo “não desistir desta luta”, o autarca criticou esta “machadada do Governo na população de Aver-o-Mar” e sublinhou que quer reunir com o ministro da Saúde, Paulo Macedo, para manifestar a “grande indignação” provocada pelo encerramento da unidade.
A providência cautelar acabou por não surtir efeito depois da ARS-N ter alegado, em resposta, que o estado das instalações “punha em perigo a saúde pública”. Contudo, Carlos Maçães salienta que “a Junta e a Câmara Municipal estavam dispostas a fazer as obras necessárias para melhorar as condições do espaço, mas a ARS-N nem sequer nos quis ouvir”.
Segundo o mesmo autarca, as instalações sofreram uma remodelação “há pouco tempo”, pelo que a ARS-N não poderá alegar um motivo pela qual é a própria responsável: “se não ficou em condições, a ARS-N é que deveria ser responsabilizada, porque foi ali gasto dinheiro do erário público, mas, pelos vistos, em vão”.
