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Salvato Trigo propõe ao Estado atender os utentes do SNS no Hospital-Escola Fernando Pessoa

hosp esc fern pesO Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa foi ontem inaugurado, em Gondomar, com o principal responsável, Salvato Trigo, a propor “que o Estado permita que as populações venham a este hospital como se fosse do Serviço Nacional de Saúde”.

Inaugurado ontem em Gondomar, o Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa é uma unidade particular cujo proprietário, a Fundação Fernando Pessoa, está disponível para integrar no Serviço Nacional de Saúde (SNS) a preços inferiores ao praticado pelo Estado. A garantia foi deixada pelo presidente da fundação, Salvato Trigo, e sublinhada pelo presidente da Câmara de Gondomar, Valentim Loureiro.

“A proposta é que o Estado permita que as populações de Gondomar venham a este hospital como se fossem a um hospital do Serviço Nacional de Saúde e nós estamos disponíveis para faturar ao Estado por ato clínico a preço inferior àquele que o Estado transfere para as suas próprias unidades de saúde”, explicou Salvato Trigo.

A defesa das convenções com o SNS foi ‘reforçada’ pelo autarca de Gondomar, que aproveitou a presença do ministro da Saúde, Paulo Macedo, para o interpelar diretamente. “Os gondomarenses não vão aceitar mais, depois de terem aqui este hospital, deslocarem-se para o Porto. Queria pedir-lhe que levasse isto em linha de conta”, disse Valentim Loureiro.

O ministro da Saúde não respondeu se vai atender aos pedidos, elogiando o Hospital-Escola por “associar a prestação de cuidados à formação de novos profissionais inscritos nos cursos de saúde ministrados pela Universidade Fernando Pessoa”. Paulo Macedo destacou ainda o facto da unidade obedecer “a uma lógica de autossuficiência da unidade alicerçada num conjunto de características da sua zona de implementação”.

O Hospital-Escola é um investimento de 50 milhões de euros e, segundo a fundação,  vai criar 250 postos de trabalho numa fase inicial, que poderão duplicar quando estiver em pleno funcionamento. É um “projeto privado construído com base na sociedade civil e não necessitando do tradicional apoio do Estado”, destacou Salvato Trigo.

“Este projeto é uma prova clara da maturidade crescente da nossa sociedade e de uma nova visão, em que é claramente assumido que podem existir projetos de relevância nascidos, criados e certamente com um futuro risonho sem que para isso precisem de fundos governamentais para avançarem”, complementou o presidente da Fundação Fernando Pessoa.

À exceção da cirurgia cardiotorácica e da cirurgia neurológica, todas as valências estarão disponíveis a partir de hoje, garantiu Salvato Trigo.

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