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Saiba que factos ambientais de 2015 a Quercus destaca

A Quercus divulgou a lista dos melhores e piores factos ambientais, em 2015. Num comunicado da associação ambiental é feito um balanço do ano.

Com o ano de 2015 a chegar ao fim, é tempo de balanços. E a Quercus divulgou, em comunicado, a lista dos melhores e dos piores eventos ambientais.

As descargas poluentes e barreiras no Rio Tejo ganham o título de pior evento. “Os recorrentes episódios de poluição e ameaça ao continuum fluvial, registados ao longo do ano no Rio Tejo, um rio internacional de elevado valor ambiental, cultural e económico fazem com que este se apresente ano após ano, progressivamente, mais degradado e ameaçado, tendo no ano de 2014 sido inclusivamente detetadas barreiras que impedem a migração da fauna piscícola ao longo do rio”, destaca a Quercus.

Em segundo lugar, estão as metas de reciclagem de resíduos urbanos do PERSU 2020.

Segundo a Quercus, essas metas “são absurdas, porque obrigam as regiões do interior a reciclarem 80 por cento dos resíduos em 2020, enquanto que as grandes metrópoles de Lisboa e do Porto só têm de reciclar entre 42 e 35 por cento, respetivamente.

A encerrar este pódio negro, os efeitos nefastos da implementação do regime de arborização.

“Aumentaram os novos eucaliptais à custa sobretudo da conversão de pinhais-bravos e outras formações da nossa floresta autóctone, associados a uma incorrecta mobilização de solos e às queixas dos agricultores devido à falta de condicionantes à proximidade das culturas agrícolas”, salienta a associação.

A Quercus acusa ainda o anteriorr Governo de criar uma “via verde para (ir)responsabilidade ambiental”, com a entrada em vigor de um regime extraordinário de regularização da atividade de estabelecimentos e explorações sem licença”.

“Uma iniciativa, que apenas vem confirmar a falta de vontade política para dotar o País de um regime devidamente regulamentado e eficaz de responsabilidade ambiental”, salienta a Quercus.

No quinto lugar desta lista, está o escândalo do grupo Volkswagen, um caso “sem precedentes”. Recorde-se que a marca alemã introduziu um dispositivo nos motores a gasóleo de veículos em todo o Mundo, inclusivamente em Portugal, com 117 mil veículos afetados pela fraude.

A Quercus destaca também os incêndios florestais que continuam a assolar Portugal, a comercialização do glifosato, um carcinogénio provável para o ser humano (que continua a ser vendido livremente para uso doméstico e agrícola) e a falta de alimento para aves necrófagas.

Nota negativa ainda para a suspensão da classificação “Qualidade de Ouro” à Praia de Dona Ana e para parque eólico Torre de Moncorvo, previsto para os concelhos de Torre de Moncorvo e Carrazeda de Ansiães, que “a ser construído, iria afetar a paisagem na Zona Especial de Proteção do Alto Douro Vinhateiro, classificado como Património Mundial”.

Como o melhor facto ambiental de 2015, a legislação sobre os sacos de plástico.

“A legislação que desincentiva o consumo dos sacos de compras descartáveis em plástico, integrada no pacote da ‘Fiscalidade Verde’, acabou por se revelar uma medida extremamente eficaz para minimizar a produção de resíduos e ajudar a uma maior sustentabilidade ambiental”, elogia a Quercus.

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