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Saiba como controlar ataques de pânico

Os ataques de pânico podem se desencadear a qualquer altura, mas há formas de os controlar. Saiba tudo.

Os ataques de pânico podem surgir a qualquer altura, embora sejam mais propícios em pessoas com problemas de ansiedade.

Perceber o que desencadeia estes ataques e saber quando pedir ajuda a um especialista são passos fundamentais para combater o problema.

Como se manifesta um ataque de pânico

Um ataque de pânico manifesta-se através de vários sintomas, que podem ser apenas desconfortáveis, mas também podem limitar a própria resposta da pessoa.

São sintomas como ritmo cardíaco acelerado, dificuldade em respirar, tonturas, suores, tremores e até sensação de morte iminente.

Muitas pessoas sofrem ataques de pânico, mas uma vez que os sintomas são tão ligeiros acabam por nem se aperceber da situação.

Contudo, em alguns casos os sintomas são tão fortes que acabam por ter um impacto acentuado no quotidiano, agravando o risco de um ataque de pânico ainda mais intenso.

Riscos associados

É, assim, importante sensibilizar para este problema, não só para uma melhor compreensão dos problemas inerentes aos ataques de pânico, como para definir medidas para os prevenir e/ou combater.

Por se tratar de um problema clínico, o diagnóstico e tratamento são essenciais, sempre com a ajuda de profissionais de saúde especializados.

Um ataque de pânico pode ser caraterizado como um episódio súbito de desconforto, ansiedade ou medo, acompanhado de sintomas físicos e/ou emocionais.

Estes episódios podem ocorrer a qualquer altura e têm uma duração que, por norma, varia entre os cinco e os 20 minutos.

As estimativas mundiais apontam para que este problema afete cerca de 11 por cento dos adultos, mas em Portugal os números são mais elevados.

ataques de pânico

Segundo o Estudo Epidemiológico Nacional de Saúde Mental, a ansiedade é a perturbação mais frequente, atingindo 16,5 por cento da população.

O diagnóstico só costuma ser feito depois de vários sintomas físicos sem causa definida, com os médicos a considerarem que a pessoa está fisicamente saudável.

Isto significa que um sintoma como dificuldade em respirar pode ser facilmente confundir-se como sintoma de outra doença, como um problema respiratório ou até mesmo um incidente cardíaco.

Na prática, o diagnóstico de um ataque de pânico surge depois de manifestados pelo menos quatro dos seguintes sintomas mais frequentes:

  • Palpitações ou frequência cardíaca acelerada;
  • Dor ou desconforto no peito;
  • Falta de ar ou sensação de asfixia;
  • Tremores ou espasmos, transpiração;
  • Tonturas, vertigens ou desmaio;
  • Náuseas, sensação de enjoo, desconforto abdominal e diarreia;
  • Sensação de dormência ou formigueiro;
  • Medo de enlouquecer ou perder o controlo;
  • Medo de morrer;
  • Sensação de irrealidade.

De acordo com os especialistas, alguns fatores ajudam a desencadear ataques de pânico, como fobias, incidentes stressantes e episódios traumáticos.

Ainda assim, um ataque de pânico pode ocorrer a qualquer altura e sem causa aparente, como durante um passeio ou até ao despertar.

Nestes casos, tratam-se de sinais de desconforto psicológico que ajudam a diagnosticar a doença.

Casos graves de ataques de pânico

Nos casos mais graves, a repetição dos ataques pode dar origem à síndrome do pânico, que chega a provocar mudanças comportamentais.

Esta perturbação afeta gravemente o quotidiano da pessoa, que começa a evitar situações ou locais que associou a anteriores ataques.

Com o medo dos futuros ataques de pânico, a pessoa fica mais preocupada com a saúde física, com essa preocupação excessiva a aumentar a sensação de desconforto.

pânico

Quando os ataques de pânico condicionam de tal forma a vida da pessoa e dos seus familiares, compromete a qualidade de vida, tornando indispensável a ajuda médica especializada.

Assim, o problema combate-se, geralmente, com uma abordagem conjunta que envolve:

  • medicação, para diminuir o sintoma
  • psicoterapia, para desconstruir e ressignificar o medo e integrar técnicas e estratégias para a diminuição e/ou desaparecimento da sintomatologia.

De acordo com o Centro de Apoio Psicológico e Intervenção em Crise do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), recomenda-se a ajuda de um profissional de saúde a quem sente pelo menos uma destas situações:

– Está ansioso a maior parte do tempo ou tem ataques de pânico com frequência;

– Sente que a sua vida pessoal e profissional está a ser afetada;

– Tem muita dificuldade em gerir a ansiedade;

– Evita determinadas situações ou locais devido ao medo de ter um ataque de pânico.

Como controlar ataques de pânico?

Por outro lado, o Centro de Apoio Psicológico e Intervenção em Crise do INEM recomenda três métodos para ajudar a controlar um ataque de pânico:

– Tente pensar em algo diferente, de forma a se abstrair da situação;

– Tentar controlar a respiração, inspirando pelo nariz e expirando pela boca de forma lenta e profunda, de forma confortável (pode sentar-se ou até mesmo deitar-se);

– Tentar relaxar o corpo, em posição sentada ou deitada de barriga para cima, num ambiente calmo e com pouca iluminação, procurando concentrar-se na respiração.

Um ataque de pânico pode ocorrer a qualquer altura e com qualquer pessoa.

De uma forma geral, uma primeira resposta passa sempre por criar um ambiente relaxante, para que a situação não condicione o quotidiano. Com um agravamento do cenário, recomenda-se assim a consulta de um especialista de saúde mental.

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