Um medicamento oncológico tem faltado em Santarém, com a rutura dos stocks a deixar a Câmara “preocupada”. O presidente, Ricardo Gonçalves, quer reunir com o ministro da Saúde para apurar os “problemas que, se se confirmarem, consideramos bastante graves”.
O hospital de Santarém foi um dos principais afetados por uma rutura de stocks de um medicamento oncológico a nível mundial. Segundo os relatos que chegaram à autarquia, alguns utentes foram obrigados a suspender o tratamento, deixando uma “preocupação” que levaram o presidente da Câmara, Ricardo Gonçalves, a querer reunir de urgência com o ministro da Saúde, Paulo Macedo.
“Têm chegado ao nosso conhecimento sucessivos relatos sobre situações que nos parecem graves e que queremos discutir com a tutela, para saber a sua verdadeira dimensão”, adiantou o autarca, referindo-se às queixas – manifestadas por doentes e profissionais de saúdes – sobre “a rutura de stocks de medicamentos oncológicos (com suspensão de tratamentos) e, ainda, de dificuldade na elaboração das escalas de urgência, determinando a pré-rutura deste serviço, carência de médicos e enfermeiros em diversos serviços de cirurgia, consulta ou internamento, com atrasos inadmissíveis na marcação de consultas de especialidade prioritárias”.
“Embora a Câmara não tenha competências nesta matéria, não podemos alhear-nos de problemas que, se se confirmarem, consideramos bastante graves e para os quais manifestamos também a nossa disponibilidade para ajudarmos na procura de uma solução”, acrescentou Ricardo Gonçalves, temendo que estas situações “possam comprometer seriamente a regular prestação de serviços e cuidados de saúde” no concelho e na região.
