Economia

Rui Machete: Venda de ações ao BPN foi “isenta de crítica”, mas nega ter usado a FLAD

rui machetex210rui machete bigRui Machete confirmou que negociou ações da SLN, a empresa que geria ao BPN, com o próprio banco, com um ganho de 150% no negócio. A transação foi “completamente isenta de crítica”, defendeu-se o ministro, e “não é verdade” que tenha sido conduzida através da FLAD.

Rui Machete, criticado pela oposição aquando da nomeação como ministro dos Negócios Estrangeiros, confirmou à Antena 1 que negociou ações da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), a entidade que detinha o Banco Português de Negócios (BPN), e confirmou que teve um ganho de 150% no negócio. Em defesa da honra, o governante assegura que manteve “uma conduta isenta de crítica”, mas rejeita que tenha negociado através da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), à qual presidia na altura.

De acordo com o jornal Público, Rui Machete terá comprado 25.500 ações a um preço nominal de um euro, vendendo-as depois ao BPN a 2,5 euros. A operação, que o mesmo diário adianta ser semelhante a uma realizada por Cavaco Silva, rendeu-lhe um ganho de 150 por cento. “Não faço ideia a quanto compraram. Foi o preço que me pediram, foi o preço que paguei”, defendeu-se o ministro, citado pela Renascença.

“Não vejo motivo”, sustentou Rui Machete, para que a oposição o acuse de ter a reputação manchada. “Por que é que um negócio que é perfeitamente lícito, que eu fiz ao longo da vida como muitos outros portugueses, comprando e vendendo ações de bancos, havia de ser censurável? Há milhares de portugueses que compraram ações, incluindo de um banco com porta aberta, a que o Banco de Portugal tinha dado licença”, disse, à Antena 1.

Em defesa da mesma reputação, o ministro nega que nessas operações tenha utilizado a FLAD: “o Público dizia que tinha vendido à fundação, mas não é verdade. Nunca tive negócios diretos entre a Fundação Luso-Americana, de que era presidente, e eu próprio. Isso é uma coisa que não se faz e eu não fiz”.

“Não fiz nada que considere errado”, insistiu, à Renascença: “defendi os interesses da fundação, que era o que me competia defender, tenho uma conduta completamente isenta de crítica no sentido de praticar atos ilíitos ou mesmo eticamente condenáveis”.

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