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Câmara de Viana recusa tourada da ‘Agonia’ porque a arena “tem uma acessibilidade muito complicada”

touradax210touradaA decisão era a esperada, faltava conhecer o formalismo: “acessibilidade muito complicada”. A Câmara de Viana, ‘cidade antitourada’, rejeitou o pedido de licenciamento da tourada interposto pela Prótoiro. Esta federação aceita o “fundamento sensato” e promete reforçar a documentação.

Na ‘arena’ das festas da Senhora da Agonia, a Câmara de Viana e a federação Prótoiro continuam a contenda. O passo mais recente foi tomado pela autarquia, que indeferiu o pedido de licenciamento apresentado para a arena que, a 18 de Agosto, talvez receba a tourada anunciada pela Prótoiro.

Desde 2009 que Viana do Castelo se assume como ‘cidade antitourada’, pelo que a decisão era esperada. Faltava, contudo, conhecer o fundamento para o ‘chumbo’. “Indeferimos o licenciamento porque temos muitas dúvidas relativamente às questões de segurança e mobilidade do espaço”, explicou o presidente da Câmara, José Maria Costa: “não há lugares para estacionamento, não há lugares para serviços de emergência e temos de garantir as condições de segurança, nomeadamente a rápida acessibilidade de bombeiros e de serviços de emergência médica, se for necessário”.

O pedido de licenciamento visava a instalação de uma arena amovível na freguesia de Darque, num terreno privado junto à antiga seca do bacalhau. Como o acesso não permite o cruzamento de viaturas, a autarquia ficou com o motivo para justificar o ‘chumbo’: “tem uma acessibilidade muito complicada, uma via muito estreita”, reforçou o autarca. Apesar da arena ter uma capacidade para 3300 pessoas, “não constava qualquer plano de mobilidade”, frisou ainda José Maria Costa.

O licenciamento foi indeferido, mas a decisão é provisória. Ao devolver o pedido com a solicitação de mais informação, nomeadamente a apresentação de um plano de mobilidade, a Câmara de Viana ‘joga com o tempo’ e adia umeventual recurso aos tribunais por parte do requerente.

Em comunicado, a Prótoiro reconhece o “fundamento sensato” e garante que vai enviar a informação solicitada. No texto, a federação das associações taurinas elogia “a mudança de atitude do presidente da Câmara, que passou de uma posição de hostilidade para uma posição de colaboração e cooperação, tendo apenas pedido à Prótoiro mais documentação sobre o ordenamento do trânsito, para que possa deferir o licenciamento da praça de toiros”.

“Para já”, a federação descarta qualquer “medida judicial” e apenas pede que “se mantenha este clima de cooperação entre presidente da câmara e a Prótoiro, em prol do bem público e da saudável relação entre as instituições públicas e as organizações privadas”.

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