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Rocha Andrade: “Não tive conhecimento de que ia ser constituído arguido”

O ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais foi ao Parlamento jurar que, quando pediu a exoneração, não sabia que era já arguido no inquérito-crime das viagens ao Euro 2016 pagas pela Galp. “Eu não tive conhecimento de que ia ser constituído arguido”, assegurou Fernando Rocha Andrade.

A data do despacho do Ministério Público é três dias anterior à do pedido de exoneração, mas o tempo necessário às diligências ajudou a lançar a confusão. Até os deputados quiseram saber se o ex-governante sabia ou não que estava já constituído arguido.

“Estas questões são mais facilmente resolvidas se as anteciparmos”, explicou Fernando Rocha Andrade, cujo pedido para ser constituído arguido deu entrada na Procuradoria-geral da República no mesmo dia (ontem) em que o visado era notificado de que… tinha sido constituído arguido.

“Não vale a pena estarmos aqui semanas à espera a ver se sou ou não constituído arguido, mais vale requerê-lo diretamente”, salientou Fernando Rocha Andrade, explicando que soube “que havia arguido constituídos no processo” graças às “relações funcionais”, ou seja, João Bezerra da Silva, que era o chefe de gabinete do então secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

As explicações do ex-governante foram dadas numa audição que tinha sido convocada pela retirada de três territórios (Uruguai, Jersey e Ilhas de Man) da lista negra dos paraísos fiscais, mas que foi transformada num inquérito parlamentar à conduta de Fernando Rocha Andrade no caso das viagens ao Euro 2016 pagas pela Galp.

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