Como em ocasiões anteriores, o rio Cávado está a ser atacado por jacintos de água, sobretudo nas margens em Barcelos e Esposende. Estas plantas são invasoras e ameaçam a fauna e a flora, alertou a Quercus.
Já não é a primeira vez que acontece, nem deverá ser a última: o rio Cávado está infestado de jacintos de água, sobretudo nas margens que ladeiam os concelhos de Barcelos e Esposende.
De acordo com a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, esta planta invasora, que é originária da América do Sul e chegou a Portugal nos anos 30 do século passado, “compromete a sobrevivência da restante flora e fauna”.
“Esta não é a primeira vez que este rio é atacado por esta espécie, o que se traduz em graves consequências para a qualidade da água e para a flora e fauna local. Os jacintos de água são caracterizados por apresentarem um crescimento rápido quando se reúnem as condições adequadas e podem até duplicar a sua população em poucos dias”, alertou a associação.
Na mesma nota, a Quercus salientou que “outra das características que favorecem a invasão é a facilidade como se reproduzem quer por via vegetativa quer por via seminal”
Os jacintos de água criam um efeito semelhante a um “tapete” verde no rio, cuja beleza ofusca o perigo iminente, pois esse “tapete” acaba por cobrir “totalmente a superfície da água”: “Esse tapete faz com que a luz incidente seja reduzida, diminuindo assim a qualidade da vida aquática, levando em muitos casos à eutrofização”.
As consequências da infestação fazem-se também sentir no “impedimento à navegação” e no entupimento de canais, “dificultando o uso piscícola e recreativo do rio” Cávado.
“A invasão no rio pode ser justificada pelo calor que se fez sentir nestes últimos meses, pois permitiu que as condições ideias de crescimento se proporcionassem, e daí a planta se ter desenvolvido de forma tão eficaz e rápida”, concluiu a Quercus.
Foto: Quercus