“Mudar a sério é mudar a Constituição”, defende Alberto João Jardim. O presidente do Governo regional da Madeira repete que o sistema “tem que ser mudado” para terminar com a “fraude política” em vigor. “Se o regime continuar, não vamos a parte alguma”, sustenta.
Alberto João Jardim voltou a apelar à realização de uma revisão constitucional. Durante a tomada de posse dos órgãos sociais da Associação Nacional de Turismo, o presidente do Governo regional da Madeira abordou a “fraude política” em curso e insistiu que o sistema político “tem que ser mudado”.
“Ou surgem novas forças, desde partidárias, políticas e institucionais, para mudar tudo isto ou andamos todos cheios de boas intenções mas não vamos a lado nenhum”, afirmou Alberto João Jardim.
Para “mudar” o regime é preciso atualizar a lei fundamental, reforçou o político madeirense: “o sistema constitucional tem que ser mudado”.
Com Portugal “perante uma fraude política, da direita à esquerda”, a mudança torna-se urgente: “toda a gente fala que é preciso mudar, vê-se manifestações por todo o lado, mas mudar a sério é mudar a Constituição, excepto no capítulo dos direitos, liberdades e garantias”.
“Não haja ilusões: se o regime político em Portugal continuar no mesmo, podem reunir-se uma vez por ano e cantar a Grândola Vila Morena, ficam todos muito felizes, eu aproveito o dia para dar uma volta, mas não vamos a parte alguma”, argumentou Jardim.
