Fórmula 1

Responsável desportivo da F1 ‘abre a porta’ aos elétricos

Apesar de não ser um tema consensual, o futuro elétrico na Fórmula 1 é algo que o seu responsável desportivo, Ross Brawn, admite possível.

O antigo engenheiro da Ferrari, lembra que a tecnologia elétrica não pode ser totalmente descartada na disciplina máxima do automobilismo, embora neste momento ela não esteja pronta para uma mudança tão drástica.

Depois há outro problema, que também pode ser um impeditivo à introdução da mobilidade elétrica na Fórmula 1, que é o facto da Fórmula E, lançada em 2014, ter a exclusividade de ser a competição sancionada pela Federação Internacional consagrada a monolugares elétricos.

A próxima época da Fórmula E – 2018/2019 – vai ter a chegada da segunda geração de monopostos elétricos, que permitirá que se faça uma corrida com só um carro, não obrigando à troca de monolugares, verificada até aqui, graças à adoção de baterias desenvolvidas pela McLaren.

Esta rápida evolução tecnológica da Fórmula E está a atrair um cada vez maior número de construtores, levando mesmo a que outras disciplinas também encarem um futuro elétrico, como é o caso das competições de carros de turismo TCR.

Ross Brawn diz que tem um grande respeito pela competição de monolugares elétricos, mas está longe de atrair os fãs tradicionais da F1: “Com todo o respeito, é uma disciplina muito jovem. É um grande acontecimento, mas a corrida em si não se compara a um Grande Prémio de Fórmula 1. Os carros não são particularmente rápidos. Não têm o mesmo nível de personalidades (pilotos) implicados. É uma fórmula júnior mais pequena”. “Mas ele fazem um trabalho fabuloso como evento, que se destina às provas de cidade. Mas a Fórmula 1 é diferente. A F1 é o cume do automobilismo. As velocidades são distintas, o calibre dos pilotos e equipas que temos também o é”, enfatiza o Diretor Desportivo da Liberty Media.

“Não devemos obrigatoriamente limitar a Fórmula 1 aos motores a combustão interna para sempre. Onde estaremos dentro de 10 anos? Há dois anos as pessoas não conseguiam prever que estivéssemos onde estamos. Mas a F1 evoluirá numa boa direção, que apresenta um bom equilíbrio entre a parte desportiva, o entrosamento com os fãs. Se dentro de cinco ou sei anos for necessário ter outro tipo de motor, então isso acontecerá. Ninguém nos impede de ter carros elétricos na Fórmula 1 no futuro. De momento não oferece o espetáculo desejado”, conclui Ross Brawn.

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