“Aconteça o que acontecer” com Portugal no Mundial, Paulo Bento vai orientar a Seleção até ao Euro 2016. “Não me demito”, esclareceu o selecionador, assumindo-se como “o único responsável” pela campanha no Brasil.
Se dúvidas houvesse (e hoje vários jornais as chamaram à capa), Paulo Bento fez questão de as esclarecer: assume toda a responsabilidade pela campanha de Portugal no Mundial do Brasil e não vai pedir a demissão mesmo que a Seleção não passe da primeira fase.
“Aconteça o que acontecer, eu não me demito do cargo de selecionador nacional”, afiançou o selecionador, colocando um ponto final na discussão.
A especulação surgiu depois do decepcionante empate com os EUA (2-2), que tornaram praticamente impossível a qualificação para os oitavos de final após a humilhante derrota (0-4) imposta pela Alemanha na partida inaugural.
“Aconteça o que acontecer, não me demito do cargo de selecionador. Não é a minha intenção, também não é essa a intenção da Federação e do presidente. Com isto, tenho tudo dito”, afirmou.
Seja qual for a classificação final do grupo G, Paulo Bento vai ser o treinador da equipa das quinas durante a qualificação para o Campeonato da Europa de 2016.
“Em abril passado cheguei a um acordo com a Federação para ficar até 2016 e esse acordo não tinha nenhuma relação com os resultados no Campeonato do Mundo, mas sim com o nosso projeto de trabalho”, frisou.
Assumindo que sente a confiança pessoal do presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Paulo Bento assumiu-se como “o único responsável” pela campanha portuguesa no Mundial do Brasil.
Seja qual for o resultado da partida com o Gana, amanhã, o seleccionador vai “conversar” com os responsáveis federativos “quando for o momento” para tal.
“Volto a dizer: o único responsável pelo que está a passar, principalmente ao nível de resultados, sou eu. Vou analisar quando for o momento. O meu sentimento hoje é o mesmo que tinha antes do jogo com a Suécia, quando transmiti o orgulho que tenho de estar na Seleção e a gratidão que tenho para com estes jogadores”, argumentou.
Paulo Bento mostrou-se ainda crítico com os jornalistas: “vocês dizem que vou sair, que vou colocar o meu cargo à disposição. E depois resolvem vir-me perguntar se vou fazer isso? Por que não me perguntam primeiro e depois escrevem? Tenho orgulho de estar aqui”.
