Chama-se William Barr, foi o neuropsicólogo que avaliou Renato Seabra e é suspeito de relações privilegiadas com o Ministério Público. Segundo o jornal New York Times, Barr foi chamado à procuradoria de Manhattan mais de 100 vezes, em 13 anos, para defender a imputabilidade de autores de crimes.

O neuropsicólogo que avaliou Renato Seabra é suspeito de relações privilegiadas com o Ministério Público, nos últimos anos, sendo que terá, nas mais de 100 vezes que foi chamado a fazer avaliações psíquicas de suspeitos, defendido sempre a imputabilidade dos criminosos.

O jornal New York Times revela que o perito que decidiu considerar Renato Seabra imputável – podendo ser acusado por meio de queixa, crime ou denúncia do órgão público pela prática de um delito.

A defesa de Renato Seabra, recorde-se, tentou justificar o crime que retirou a vida a Carlos Castro com incapacidade temporária do modelo, que agora cumpre pena.

No entanto, William Barr considerou que Seabra não era inimputável e deveria responder pelo crime sem qualquer tipo de atenuação de pena resultante de problema psíquico.

O neuropsicólogo é agora acusado de fazer tudo o que pode para ajudar as acusações, nas dezenas de casos em que tem de decidir. No caso de Renato Seabra, dois colegas de Barr defenderam que o modelo português era inimputável do crime de homicídio de Carlos Castro.

Esta decisão de William Barr levou a que Renato Seabra fosse condenado a uma pena de 25 anos de prisão, que está a ser cumprida em solo norte-americano.