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Renato Seabra: Da ala psiquiátrica para alta segurança

Modelo acusado da morte de Carlos Castro foi transferido para uma prisão de alta segurança, deixando a ala psiquiátrica do Bellevue Hospital. O advogado, David Touger, confirma a informação, mas refere que a decisão “não se deve” à última avaliação psicológica. Renato Seabra está junto de alguns dos prisioneiros mais perigosos dos Estados Unidos, numa cadeia conhecida como “a casa da dor”.

Renato Seabra já não está numa ala psiquiátrica e foi encarcerado na prisão de Rikers Island, onde cumprem pena alguns dos mais perigosos criminosos dos Estados Unidos. Apesar de David Touger relativizar a mudança, certo é que há um claro indicador de que o modelo não necessita de cuidados psiquiátricos.

A cerca de duas semanas de conhecer a decisão do Supremo Tribunal – que está a avaliar o pedido de anulação da confissão do crime –, o modelo português é considerado curado pelos médicos do Bellevue Hospital. Resta saber se esta transferência significa, para o juiz, que a última avaliação feita a Renato Seabra comprova que o modelo nunca padeceu de problemas do foro psiquiátrico.

O advogado de defesa afirma que não há relação entre a decisão e a avaliação. “A última análise psiquiátrica não tem relacionamento com a transferência para a prisão de Rikers Island”, garante David Touger. A verdade é que o acusado da morte de Carlos Castro encara agora um novo cenário.

De uma ala psiquiátrica, com acompanhamento médico, Renato Seabra passa para uma prisão onde cumprem pena alguns dos piores criminosos do país. Rikers Island, conhecida como “a casa da dor”, é um autêntico inferno, que transforma o Hospital de Bellevue num paraíso.

É dominada por gangs, tal como todas as cadeias perigosas, e palco de violentas agressões entre prisioneiros. É ali que Renato viverá pelo menos as próximas duas semanas, até ao dia 29 de abril, data do anúncio da decisão do Supremo Tribunal.

O português enfrenta uma moldura penal que pode variar entre os 25 anos e a prisão perpétua. A estratégia da defesa é anular a confissão e alegar insanidade temporária. Carlos Castro foi assassinado no dia 7 de janeiro.

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