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Refugiada explica porque não consegue largar o smartphone

Telemovel_Refugiado_90É motivo de conversa e de incompreensão. Por que razão os refugiados têm um smartphone, um aparente luxo que não condiz com a condição de desespero e pobreza? Uma refugiada síria explica. Veja o vídeo.

Para quem não tolera os refugiados, e há quem não compreenda a sua condição, o uso do smartphone é mais do que um detalhe. É um argumento para justificar essa intolerância.

Afinal, não têm casa, não têm nada, mas fazem-se acompanhar por aparelhos eventualmente caros. Luxos, dizens uns. Porém, para os refugiados, o telemóvel não serve para recorrer a redes sociais. É naquele dispositivo que guardam a sua vida.

“Sabe porque é que este telemóvel é tão importante?”, pergunta Hala, uma refugiada síria de Aleppo, numa reportagem feita pelo Channel 4.

A mulher dá a resposta: “Está aqui tudo o que tenho. A minha família, o meu mundo está aqui dentro. É por isso que não o largo. Este pedaço de metal transformou-se na minha vida”, conta.

E no aparelho guarda uma foto do marido, que foi raptado pelo Daesh. Os terroristas do autoproclamado Estado Islâmico interromperam o casamento de Hala, que dura há 21 anos.

“Um dia, uma das minhas filhas pensou que o pai tinha regressado. Ouviu-me a falar com ele”, conta Hala, que falava para a fotografia do marido que, provavelmente, nunca mais verá.

Esta refugiada e os filhos estão na Alemanha, à procura de um novo futuro, a tentar curar as feridas do passado.

Veja o vídeo.

https://www.facebook.com/Channel4News/videos/10153741960781939/

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