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“E se fosse eu?”, campanha tenta sensibilizar portugueses sobre situação dos refugiados

A campanha foi desenvolvida pela agência de comunicação e marketing Media em Movimento.

O Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) lançou, no passado dia 13 de janeiro, a campanha “E se fosse eu?”, com o objetivo de sensibilizar o país para a condição vulnerável a que os refugiados estão sujeitos e tem como propósito dissuadir preconceitos de que os refugiados são frequentemente alvo.

Segundo o Relatório Estatístico do Asilo de 2022, Portugal é o segundo país da União Europeia que mais recebe refugiados e, no ano passado, acolheu mais refugiados do que nos últimos 10 anos. Devido à guerra, o país recebeu 50 mil ucranianos num só ano. Mesmo assim, ainda há estigmas a serem superados nas relações com os estrangeiros que precisam de abrigo por enfrentarem situações de emergência nos seus países de origem.

Deste modo, a campanha é um convite à reflexão por parte do público. O conteúdo baseia-se em situações reais vividas pelos refugiados como “E se fosse eu a reduzir a minha vida a uma mochila?” ou “E se fosse eu perdido num mar de solidão?” e a divulgação acontece nas páginas do JRS do Instagram e Facebook.

A campanha digital, desenvolvida pela agência de comunicação e marketing Media em Movimento, inclui ainda um conjunto de infografias sustentadas em dados estatísticos relativos à população refugiada e que, uma vez mais, pretendem conduzir o público a pensar na dura realidade que esta atravessa.

Por último, a iniciativa é ainda constituída por vídeos que apresentam de um lado testemunhos reais de refugiados e, do outro, a perspetiva de cidadãos portugueses sobre situações, para si hipotéticas, que os refugiados são obrigados a ultrapassar na busca de uma vida melhor.

A base gráfica da campanha foi inspirada nas dificuldades que os refugiados enfrentam, o que justifica o jogo de cores utilizado nas publicações das redes sociais, onde o cinzento representa a dificuldade da vida dos refugiados e as cores simbolizam a esperança.

A campanha é necessária, uma vez que, na avaliação do presidente do JRS, André Costa Jorge, “o crescimento do número de deslocados e de refugiados em 2023 é quase uma certeza pela intensificação dos conflitos e a potencial escassez de alimentos”. A previsão é fundamentada nos alertas da ONU.

Por isso, André Costa Jorge assinala que é importante continuar “o investimento na capacidade de acolhimento sobretudo de população refugiada que continuará a chegar a Portugal na lógica de solidariedade europeia”.

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